Pessoas com síndrome de Down aprendem a fazer ovos de Páscoa

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A cozinha da unidade de Taguatinga do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) foi tomada pelo brilho dos olhos de dez alunos com síndrome de Down. De 7 a 9 de março, eles participaram de graça de uma oficina de ovos de Páscoa. As aulas ocorreram das 14h às 18h.

Foi uma iniciativa do Programa Senai de Ações Inclusivas (Psai), em parceria com o Instituto Ápice Down. O Dia Internacional da Síndrome de Down é 21 de março. A data foi escolhida porque essas pessoas têm uma alteração genética no cromossomo 21.

Os alunos, de 22 a 37 anos, receberam certificado de curso de aperfeiçoamento, com carga horária de 12 horas. Aprenderam todas as fases da produção do ovo de Páscoa: derreter o chocolate, enformar, colocar para gelar, rechear e embrulhar. A metodologia de ensino foi adaptada às necessidades dos alunos. “A cozinha tem muito espaço para pessoas com síndrome de Down, mesmo que elas precisem de apoio em algumas atividades. A confeitaria e a panificação são áreas amigáveis, até porque há opções que não oferecem riscos iminentes, como usar o micro-ondas em vez do fogão para derreter o chocolate”, explica a professora da área de alimentos do Senai-DF Helena Malvar.

oficina pascoa donw sistemafibraOs alunos foram selecionados pelo Instituto Ápice Down e pelo Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Um deles foi Ana Cristina Sousa, de 26 anos, que terminou as aulas encantada com a experiência. “Eu já faço bolo de cenoura com cobertura de chocolate, agora aprendi o ovo de Páscoa. Estou muito feliz”, disse.

A mãe da jovem aprovou o curso. “Achei importante essa inclusão e agradeço muito o Senai por incentivar os sonhos da minha filha, que tem vontade de ser ajudante de cozinha”, afirmou a servidora pública Maria do Socorro Sousa.

Psai

O programa tem o objetivo de contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência e de idosos nos cursos de educação profissional do Senai. O respeito à diversidade e a promoção da equidade de oportunidades no mercado de trabalho são norteadores do Psai. Dessa forma, os alunos especiais são inseridos em turmas regulares, por meio de instrumentos de acessibilidade, equipamentos e softwares, além de recursos pedagógicos e ambientes físicos adequados.

A interlocutora do Psai no Senai-DF, Ana Luzia Brito, chama a atenção para a competitividade do mercado de trabalho e a importância da qualificação. “Não é diferente para as pessoas com deficiência, que buscam na formação profissional a oportunidade de emprego e precisam mostrar produtividade e responsabilidade como qualquer trabalhador.”

Galeria de Imagens

Veja mais fotos do curso de ovos de Páscoa especial para pessoas com Síndrome de Down no link.

Texto: Aline Reis (com informações da Agência CNI de Notícias)
Fotos: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF)