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Criado: Quarta, 02 Outubro 2024 08:29

Após intervenções em espaços como a Praça do Buriti, a Casa do Cantador e o Monumento Solarius, 1.010 alunos se reuniram na terça-feira, 1º de outubro, no Ginásio do Cruzeiro, para a cerimônia de entrega dos certificados do segundo ciclo de 2024 do Renova-DF. Pela primeira vez, parte dos concluintes poderá seguir para uma nova fase do programa: uma vivência profissional de 90 dias.

Uma iniciativa do governo do Distrito Federal, o Renova-DF é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda e qualifica trabalhadores para o setor de construção. Nas aulas, ministradas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), os alunos recuperam equipamentos públicos. Parte das vagas desse ciclo foi reservada para pessoas atendidas pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e para imigrantes.

Uma das pessoas beneficiadas é Benedita Silva Donato, de 51 anos, que compartilhou sua história na formatura dessa terça-feira. Quando ela entrou no Renova-DF, em junho, estava em situação de rua. Com a ajuda do programa, que paga uma bolsa aos participantes, conseguiu alugar uma quitinete. “Minha vida mudou. Quando chegar em casa, sei que terei um chuveiro para tomar banho e uma cama para dormir”, contou.

Presente na cerimônia de entrega dos certificados, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, destacou o viés social do Renova-DF. “O programa tem a alma de quem veio das mais difíceis origens, porque traz oportunidades para pessoas que muitas vezes já não imaginavam que as teriam na vida. Nesta turma, temos mais de 200 pessoas em situação de rua, que ganharam, novamente, a oportunidade de se qualificar e reconstruir seus lares e famílias”, afirmou.

“O Renova-DF é o caminho certo para dar qualificação a esses trabalhadores e as histórias que ouvimos aqui são muito bonitas. São pessoas que tinham desistido da vida e que, agora, se incorporam a suas famílias com uma profissão na mão. Isso é muito bonito e muito gratificante para quem está à frente do governo”, completou o chefe do Executivo.

O diretor regional do Senai-DF, Marco Secco, ressaltou que a construção civil é um dos setores que mais demandam mão de obra no Distrito Federal. “Nós gostaríamos que vocês percebessem a oportunidade que está sendo vivida aqui. A oportunidade que existe na construção civil. É um setor aquecido, com demanda e muitas oportunidades. Um setor pujante, que é o motor na economia do nosso Distrito Federal”, disse aos formandos.

Foram selecionados para a vivência profissional 300 concluintes. A experiência terá duração de 90 dias, período no qual poderão aplicar os conhecimentos adquiridos de maneira prática e vivenciar o ambiente profissional em empresas do setor de construção. A vivência passou a fazer parte do programa por meio do Decreto nº 45.861, assinado pelo governador em 29 de maio.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes Ferreira, destacou as vantagens da vivência para inserção no mercado. “Selecionamos os melhores alunos, com maior assiduidade e maiores notas durante o processo de aprendizagem, para ter a oportunidade de viver mais três meses de curso. Eles poderão viver o dia a dia das empresas e nossa ideia é aproximar quem quer trabalhar de quem quer contratar”, explicou o responsável pela gestão do programa.

Também participaram da cerimônia de entrega de certificados do segundo ciclo de 2024 do Renova-DF a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, o secretário de Governo, José Humberto Pires, o deputado distrital Robério Negreiros (PSD) e o administrador regional do Cruzeiro, Gustavo Aires.

Qualificação contra o desemprego
O Renova-DF é uma das ações do governo local para combater o desemprego. Os participantes se qualificam no curso de Auxiliar de Manutenção do Senai-DF. Em contrapartida, as turmas colocam o aprendizado em prática reformando espaços públicos.

A carga horária do curso é de 240 horas, em cerca de três meses. A cada 80 horas de aulas cumpridas no Senai-DF, o aluno recebe bolsa de um salário mínimo (R$ 1.412). Os participantes da vivência também receberão bolsa nos três meses a mais em que permanecerem no programa.

Desde 2021, a iniciativa qualificou 21.645 mil pessoas e contribuiu para a recuperação de 2.381 mil equipamentos públicos em 27 regiões administrativas do Distrito Federal.

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