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Última Atualização: Segunda, 02 Junho 2025 11:00

Na sexta-feira, 30 de maio, 64 estudantes das escolas do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) do Gama e de Taguatinga movimentaram o Sesi/Senai Sobradinho em uma disputa divertida e animada: o Torneio Interno de Robótica. Divididos em 11 times montados exclusivamente para a competição, eles participaram de avaliações semelhantes às de um torneio oficial. O objetivo? Integrar uma das cinco equipes oficiais que representarão a Rede Sesi-DF de Educação na temporada 2025/2026 de competições da First Lego League Challenge (FLLC).

As roupas temáticas e as pinturas no rosto não disfarçavam a concentração dos alunos. Os participantes do torneio apresentaram robôs autônomos e projetos de inovação programados e criados por eles. Os desafios foram baseados na temporada passada da FLLC, que propôs explorar a vida no fundo do mar.

Abner Marinho, de 12 anos, está no 7º ano do Ensino Fundamental do Sesi Gama e foi um dos competidores do torneio interno, na equipe Teens for Lego. É o primeiro ano dele na Rede Sesi-DF. “Quando eu vim para o Sesi, descobri a robótica. Eu já tinha feito curso de programação e decidi tentar entrar na robótica porque gosto muito de programar, criar coisas novas”, explica. A paixão veio de casa: “Eu sou um pouco curioso, sim, mas meu pai trabalhou com TI, meu avô também, eu fui aprendendo”.

Ele não escondia as emoções enquanto observava na arena os movimentos do robô que ajudou a desenvolver. “Às vezes, a gente fica nervoso, mas é muito legal, é uma coisa única”, diz Abner, que, entre uma atividade e outra, aproveitava para pegar dicas com veteranos.

Na função de avaliar os times estavam alunos que já participaram da FLLC. É o caso de Filipe William Cavalcante, de 15 anos. Estudante da 1ª série do Novo Ensino Médio do Sesi Taguatinga, ele foi competidor por três temporadas e acumula experiência em torneios regionais, nacionais e até um internacional. Em razão do limite de idade, ele não poderá seguir na modalidade na nova temporada.

No torneio interno, Filipe voluntariou-se para ser um dos juízes na arena, observando se os robôs cumpriram as missões propostas e se as equipes cometeram alguma penalidade. “Três anos de robótica formaram quem eu sou hoje, e agora eu posso ver alunos crescendo e passando pelo que passei, compartilhar o que eu já vivi e avaliá-los. É incrível ter uma visão ampla de todo o processo”, comenta.

Educação Tecnológica
Também apaixonada pelo mundo da robótica, Melissa Furtado, de 11 anos, competiu em uma das equipes do Sesi Taguatinga, a Titans. “Minha mãe me falou que iria me colocar no Sesi e que tinha robótica. Eu me interessei muito e comecei a ver vídeos, a pesquisar, e aí entendi um pouquinho o que era a FLL. Eu gosto bastante de engenharia e de construir coisas”, destaca a estudante do 6º ano do Ensino Fundamental. Para além da competição, ela conta sobre os projetos desenvolvidos nas aulas de Educação Tecnológica, que fazem parte da grade curricular de todos os estudantes da rede, tanto do Ensino Fundamental quanto no Novo Ensino Médio. “A gente está fazendo um trabalho com Lego que é uma barca de um parque de diversões. É legal!”

A proposta da Educação Tecnológica da Rede Sesi-DF de Educação é que os alunos desenvolvam habilidades de programação, pensamento computacional e familiaridade com a robótica. Aqueles que mais se identificam com a robótica podem participar de processo seletivo para integrar as equipes que competem em torneios, como uma atividade extracurricular. O torneio de sexta é uma das etapas de avaliação. As outras são um vídeo de apresentação e entrevista com professores da área.

“No dia a dia, em sala de aula, a gente sempre coloca a aprendizagem associada a desafios da realidade social, e é por meio desses desafios que os alunos desenvolvem habilidades para o trabalho em equipe e utilizam a inteligência, o raciocínio lógico e a tecnologia a favor da resolução de problemas. Os torneios são a forma como a gente sistematiza fora da sala de aula”, detalha a gerente de Desenvolvimento e Tecnologia Educacional do Sesi-DF, Thaysa Tonhá.

Todos os competidores do torneio interno receberam medalha de participação. Foram entregues troféus em cinco categorias (veja a lista no fim deste texto). Os estudantes selecionados para compor as equipes oficiais serão informados pela respectiva escola e os treinos têm início previsto para junho.

Torneios da First
A FLLC é uma das modalidades das disputas de robótica realizadas em diversos países pela For Inspiration and Recognition of Science and Technology (First), organização estadunidense que promove o interesse de jovens por ciência, tecnologia, engenharia e matemática (as áreas que compõem a abordagem educacional STEM). A faixa etária dessa modalidade é de 9 a 15 anos e o Sesi é o operador da competição no Brasil desde 2013. Outras modalidades da First operadas pelo Sesi são a First Tech Challenge (FTC) e First Robotics Competition (FRC).

A temporada 2025/2026 de competições, anunciada em abril no First Championship 2025, é inspirada na arqueologia. Na FLLC, os estudantes serão convidados a desvendar o passado para descobrir o futuro. O lançamento mundial do desafio está previsto para agosto.

A previsão é que o torneio regional da FLLC no Distrito Federal seja no fim do ano. Os times vencedores das etapas regionais seguem para a fase nacional, da qual saem os representantes das disputas internacionais.

Nos torneios, são avaliadas as habilidades dos participantes em quatro quesitos: design do robô, desafio do robô, projeto de inovação e core values (valores fundamentais).

Equipes premiadas na edição de 2025 do Torneio Interno de Robótica da Rede Sesi-DF de Educação: