Sesi-DF reúne famílias em seis dias de espetáculos gratuitos

Já era a hora do bis quando Sandra Peres e Paulo Tatit perguntaram: “O que que tem na sopa do neném?”, iniciando a canção Sopa, sucesso no universo infantil. A música foi uma das mais esperadas pelos pequenos fãs da dupla Palavra Cantada, cujo show, no domingo, 14 de setembro, encerrou o festival Sesi Conexões – Palco e Família. Foram seis espetáculos de classificação livre, um por dia, com o objetivo de proporcionar um momento cultural em família. Toda a programação ocorreu na Sala Yara Amaral, no Sesi Taguatinga.

O show Palavra Cantada 30 anos estava marcado para as 17 horas, mas, para garantir um lugar à frente, o casal de professores Danyelle Biagioli e Rayner Ferreira, ambos de 37 anos, chegou antes das 16 horas ao Sesi Taguatinga, com a filha, Maria Júlia, de 4 anos. “Como a gente é fã, quer ficar pertinho deles”, contou Danyelle. A estratégia deu certo e, assim que as portas da Sala Yara Amaral foram abertas, o trio conseguiu um lugar nas primeiras fileiras do teatro.

“A Palavra Cantada me acompanha há muito tempo, desde antes da minha filha, porque eu sou professora e comecei minha carreira na Educação Infantil”, completou Danyelle, ao explicar que, com a maternidade, as músicas da dupla passaram a fazer parte também da rotina familiar. Atenta, Maria Júlia logo emendou o refrão de Sopa, confirmando a fala da mãe.

Sesi Palco e Família 2

Na estrada desde 1994, a Palavra Cantada contribui para o aprendizado por meio de um repertório lúdico. “A música é uma ferramenta em que a gente conversa pela melodia. A criança e o adulto repetem, e todos esses valores, o que a gente diz, acabam entrando na percepção de vida [da criança]. A música educa”, defende Sandra Peres.

Foi a primeira vez que a dupla, ao lado da banda que a acompanha, se apresentou no Sesi-DF. Assim como nos demais espetáculos do festival Sesi Conexões, a retirada de ingressos foi gratuita e a entrada, mediante a doação, por espectador, de 1 quilo de alimento não perecível (para crianças de até 3 anos, a entrada foi livre). “Acho que é uma iniciativa ótima, porque no show, além dessa parte cultural que a gente veio aqui para fazer, tem toda a parte social que fecha o ciclo. O cultural e o social caminham juntos. Afinal, o Sesi é Serviço Social da Indústria”, sintetiza Paulo Tatit.

Foram retirados 1,8 mil ingressos para o festival, que arrecadou, nos seis dias de evento, 629 quilos de alimentos. Os itens doados serão destinados a instituições sociais por meio do Programa Conexão, desenvolvido pelo Sistema Fibra, do qual o Sesi-DF faz parte, com o propósito de envolver pessoas em ações de responsabilidade social.

Música, circo e teatro
O Sesi Conexões – Palco e Família ocorreu de 9 a 14 de setembro. No dia 9, o grupo Barbatuques mostrou como se faz música usando apenas o corpo como instrumento, no espetáculo O Show Barbatuques, que levou ao público ritmos tradicionais e contemporâneos como baião, coco, samba e maracatu. No dia 10, o Dançart’Especial apresentou Alice no País da Inclusão, Será? A adaptação do clássico de Lewis Carroll, com música e dança, convidou os espectadores a refletir sobre o tema da inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Na quinta (11), foi a vez do espetáculo circense Cabarezin da Nega, que combina as matrizes populares da palhaçaria brasileira.

Sesi Palco e Família 1

No dia 12, o Grupo de Teatro do Sesi-DF, composto por 28 estudantes da Rede Sesi-DF de Educação e da Rede Pública de Ensino do DF, estreou nos palcos encenando O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. A formação desses jovens faz parte do projeto Sesi Conexões – Palco e Família, que, além de contribuir para a valorização das artes cênicas e fortalecer laços familiares, promove o desenvolvimento social, por meio de aulas gratuitas de teatro. A seleção para o Grupo de Teatro do Sesi-DF foi em junho e, desde julho, a formação é realizada no Sesi Taguatinga.

Um dos atores em formação é Saulo Emanuel Oliveira, de 14 anos, aluno do 9º ano do Sesi Taguatinga. Na peça criada por Suassuna, ele interpretou o Padre João. “O teatro está me ajudando a superar alguns dos meus medos, a saber como me expressar. Ele me ensina a mostrar quem realmente sou, a me sentir bem comigo mesmo e fazer outras pessoas se sentirem assim. É uma experiência avassaladora de alegria”, definiu o jovem, logo após a encenação.

O bancário Renato Oliveira, de 45 anos, acompanhou a apresentação do filho. “É uma oportunidade de as crianças se conhecerem melhor. Neste caso, aprenderem sobre a cultura brasileira e a Região Nordeste, que é onde a peça se passou. Também é uma forma de inseri-los na sociedade e trabalhar em conjunto”, avaliou.

No sábado (13), a Cia de Teatro Néia e Nando interpretou O Rei Leão, em uma montagem baseada no musical da Broadway, cujos figurinos, coreografias e maquiagens são inspirados na cultura africana.

Na visão do superintendente regional do Sesi-DF, Marco Secco, o festival cumpriu seu principal objetivo. “Tivemos famílias participando, pais com as crianças, isso é o mais bacana. É sempre uma oportunidade de a gente contribuir para a nossa comunidade e para os trabalhadores do setor industrial”, afirma.

O Sesi Conexões – Palco e Família é uma realização do Sesi-DF, com investimento do Departamento Nacional do Sesi, por meio do Programa Nacional de Cultura, em fomento às ações estruturantes culturais, uma das missões da instituição.

Texto: Marcus Rodrigues e Samira Pádua
Fotos: Lula Lopes e Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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