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Belo Horizonte (MG) - O segundo dia de provas da 8ª Olimpíada do Conhecimento começou logo cedo no ExpoMinas (BH), após às 8h da manhã desta quinta-feira (4/9). Ontem, grande parte das estações de trabalho estava praticamente inalterada, pois era o primeiro contato dos jovens com o projeto a ser executado. Hoje, no entanto, já podiam-se ver as evoluções das tarefas que os competidores foram desafiados a realizar. As áreas de Construção e Edificações e de Tecnologias de Manufatura e Engenharias são as mais perceptíveis quanto ao avanço das provas. O Distrito Federal tem 27 estudantes maior torneio de Educação Profissional das Américas. A delegação brasiliense defende a capital federal em 22 ocupações distintas. A proposta é que o DF mantenha ou melhore sua colocação no ranking dos melhores estados na competição, que é o 4º lugar, conquistado em 2012.

As provas que os alunos desenvolvem foram fundamentadas nas qualificações exigidas pelo mercado de trabalho e no processo de inovação das indústrias imposto pelas transformações tecnológicas que caracterizam o século XXI. São tarefas de alta complexidade, que envolvem processos de planejamento, criatividade, execução, agilidade e, em alguns casos, a descoberta e a solução de defeitos.

Segundo o instrutor de Construção em Alvenaria, Mateus Mariano, hoje, os competidores desta ocupação têm que construir uma miniatura da faixada frontal do Museu de Tiradentes. "O grau de dificuldade desse módulo é altíssimo, principalmente em função do prazo estabelecido para cumpri-la", explica Mateus. Sobre o aluno do DF, Robson da Silva (19), Mateus, que também é avaliador, se ateve a poucas palavras. "A prova dele, esteticamente, está linda. Vamos ver se consegue termina-la a tempo", finaliza.

Do outro lado do ExpoMinas, é realizada a prova de Eletricidade Industrial. O estudante Márcio Júnior Santos tem o desafio de fazer funcionar com precisão um simulador de uma máquina industrial que produz blocos de concreto. "Preciso programar a máquina para misturar areia, cimento e água e, ao fim, ter o bloco de concreto perfeito", esclarece. O jovem talento brasiliense diz realizar uma boa prova e segue muito confiante por medalhas. "Até agora, segui o processo corretamente e, principalmente, no tempo estabelecido", conta, alegre.

O instrutor da ocupação de Márcio é Flávio Chiapetti. Ele, que também é avaliador de Eletricidade Industrial, conta que a grande dificuldade enfrentada pelos competidores de todos os estados são as novas tecnologias inseridas no projeto da prova. "Rede Ethernet Industrial, Interface Homem Máquina, conhecido como IHM, inversor de frequência com comunicação por rede. Tratam-se de tecnologias novas que não esperávamos ser exigidas na prova da Olimpíada do Conhecimento e que aumentou o grau de dificuldade para todos os jovens da ocupação", relata.

A responsável por todo processo que envolve o torneio no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), Eliséia Tavares, diz que os jovens brasilienses foram muito bem preparados para a competição e que estão focados em realizar boas provas. "Além das mais de 2 mil horas de treinamento, os nossos alunos tiveram acompanhamento psicológico, nutricional e físico. Sabemos que apenas conhecimento teórico e prático não bastam. Nós os preparamos para lidar com pressão, para suportar as mais de 22h de provas e para passar por tudo isso com tranquilidade. Confio nesses meninos e estamos certos de bons resultados", ressalta.

Oportunidade para todos

Dos 800 competidores que participam da Olimpíada do Conhecimento 2014, 45 são Pessoas com Deficiência. O DF tem um representante na ocupação Tecnologia da Informação para Deficientes Visuais. Trata-se de Gilmar de Alcântara (41). A Doença de Stargardt levou Gilmar à cegueira aos 35 anos, idade considerada para muitos 'auge da carreira profissional'.

olimpiada senai df gilmar"Eu não nasci deficiente visual. Portanto, perder a visão na fase adulta foi um choque enorme na minha vida. Tive que recomeçar do zero", explica, o rapaz, que antecipou a aposentadoria em função das inúmeras limitações impostas pela falta da visão.

Mas 'se sentir inútil' - como o próprio Gilmar define, não fazia parte do seu plano de vida. Foi assim que Gilmar aceitou o desafio de participar da seletiva da Olimpíada do Conhecimento. "Hoje, digo com orgulho, que represento o DF na ocupação Tecnologia da Informação para deficientes visuais. Ter coragem de participar do torneio mudou tudo em minha vida. Posso dizer, sem medo de errar, que o Senai foi um divisor de águas na minha história. O Senai me reintegrou à sociedade, devolveu minha autoestima e minha alegria", diz.

Sobre as provas, Gilmar segue confiante. "Estou me saindo melhor do que imaginava. Sei que terei um ótimo resultado", analisa.

Ocupações defendidas pelo DF

Nesta edição, o DF disputa em 22 ocupações profissionais: TI - Soluções de Software; Soldagem; Aplicação de Revestimentos Cerâmicos; Funilaria Automotiva; Instalação Hidráulica e a Gás; Eletrônica Industrial; Web Design; Eletricidade Predial; Eletricidade Industrial; Construção em Alvenaria; Marcenaria de móveis; Tecnologia da Moda; Mecânica de Automóveis; Jardinagem e Paisagismo; Mecânica de Refrigeração; TI - Administração de Sistemas de Rede; Design Gráfico; Técnico de Enfermagem; Segurança do Trabalho; Panificação; Mecânica Industrial; e Tecnologia da Informação (PcDs). São 26 alunos preparados pelo Senai-DF e uma aluna do Senac-DF.

Visita ilustre

Luciano Huck, embaixador da 8ª Olimpíada do Conhecimento, visitou o Expominas, na manhã desta quinta-feira. O apresentador, que liderou a cerimônia de abertura do evento no dia 31 de agosto, conheceu o espaço de provas, os competidores e as áreas especiais do evento.

Texto: Suzana Leite
Fotos: Nilson Carvalho

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Suzana Leite
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Perfil dos competidores

  • João Victor dos Anjos Oliveira Movelaria
  • Luan Silva Braga Sistemas de Drywall e Estucagem
  • Lucas Maciel Funilaria
  • 1