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Reismar Rosa, instrutor de Panificação do Senai-DF

Belo Horizonte (MG) - Transferir conhecimento, ensinar a pensar e desenvolver habilidades relevantes para a vida pessoal e profissional vai muito além de, apenas, passar informações em aulas meramente expositivas. O modelo educacional utilizado por anos não só no Brasil, mas em boa parte do mundo, tornou-se ultrapassado na era do conhecimento, uma vez que está ancorado em métodos de aprendizado conteudistas, em que se privilegia a repetição. Os futuros trabalhadores deverão estar preparados para lidar com novas tecnologias de produção e de organização. A melhoria na qualidade da educação é o desafio a ser enfrentado pelas escolas de todos os níveis, mas, principalmente por aqueles que fazem a educação acontecer, os professores.

Pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 90% dos entrevistados afirmam que quem tem ensino técnico encontra mais oportunidades no mercado de trabalho. Mas essa percepção não alcança a mesma população, uma vez que apenas 7,8% dos brasileiros optam pela educação profissional.

É essa realidade que os instrutores do Senai-DF têm feito dia a dia com cada aluno que passa em suas salas de aula. Inspirar e mostrar aos jovens que a educação profissional é a grande descoberta para o início de carreira de sucesso, o caminho mais curto para o mercado de trabalho. E que, principalmente, não é empecilho para a busca da qualificação de nível superior. Ao contrário. Elas se complementam.

Ser professor vai além da profissão. É um dom. É ter consciência de que a educação pode mudar mais do que uma pessoa, pode transformar uma nação. Os 27 jovens competidores brasilienses da 8ª Olimpíada do Conhecimento hoje são profissionais de qualidade exigida no mercado internacional. Contudo, há cerca de dois anos, muitos deles sequer havia segurado uma ferramenta, operado uma máquina, executado um processo. Foi preciso a dedicação e a competência de professores para que eles alcançassem a excelência.

"Ensinar é a paixão da minha vida. Ver o crescimento profissional desses meninos é o que me motiva a seguir em frente. Quando eu vejo um aluno que nunca havia preparado um pão e que, ao fim do processo de ensino, se tornar um grande profissional, fica só um sentimento em mim: eu não quero largar isso nunca!". A declaração emocionada é de Reismar da Rosa, instrutor de Panificação. Ele conta que, atualmente, tem seu próprio restaurante, que lhe dá retorno financeiro suficiente para não mais lecionar. Contudo, é nas salas de aula que o professor se realiza. "Não ensino por dinheiro. Ensino por amor. Quem nasce professor, morre professor", finaliza.

Edmeire Santos (20), competidora de Panificação, entrou no Senai-DF para fazer o curso técnico em Administração, mas foi em um curso de uma semana de Panificação que descobriu a carreira que queria para a vida.

Joaquim Ribeiro, instrutor de Refrigeração e Ar-CondicionadoO instrutor Joaquim Venâncio carrega no seu currículo diversos alunos medalhistas em edições da Olimpíada do Conhecimento, do ouro ao bronze. Além disso, fez um competidor ouro na WorldSkills Competition (2011), em Londres, e outro ouro na WorldSkills Américas (2014), em Bogotá. O peso que recai sobre o professor, faz com que ele tenha que buscar reciclagem constantemente para, também ele, estar preparado para lidar com as novas tecnologias e processos. "Minha responsabilidade é de não só brigar por uma medalha, mas de fazer grandes profissionais. Por isso, preciso acompanhar a tecnologia que está em frequente mutação. O professor, é um eterno aluno", conta Joaquim.

A única medalha de ouro do Senai-DF em uma edição da WorldSkills é de William Grassioti, aluno treinado por Joaquim. Hoje, ele também é instrutor no Senai Taguatinga, mas faz questão de lembrar como tudo começou e tem grande carinho de quem o fez o melhor profissional em Refrigeração e Ar-Condicionado do mundo. "Joaquim é um excelente professor. Mas, antes disso, ele é um pai. Ele dá atenção. Se preocupa conosco", conta. Segundo ele, o primeiro curso de Refrigeração que fez no Senai foi dado por Joaquim, que o fez se apaixonar e seguir na profissão. "É uma pessoa que tem dedicação e compromisso não só com a instituição, mas com cada aluno", completa.

Aline Araújo, competidora de Web Design, fala, emocionada de Glauco Rocha, seu instrutor. "Sem sombra de dúvida, que quem me fez gostar de programação foi o meu professor. Eu entrei nesta área, de Web Design, na Olimpíada do Conhecimento, pelo desafio. Eu já esperava que seria difícil. Mas depois que ele começou a me dar aula ficou tudo muito fácil", relata a jovem. Aline ainda completa dizendo que Glauco não é só um instrutor. É um amigo. "Ele me ajudou em tudo, não me apoia só na parte técnica, mas sempre me deu apoio em tudo que eu precisei. Ele é 100%", encerra.

Já Brendow Nakashima, da ocupação de TI – Soluções de Software, define seu instrutor, Roberto Oliveira, como sua base. "Criamos vínculos de filho e pai. Mais do que me treinar, ele se preocupa comigo. Cuida de mim como a um filho. Compra lanches, me leva ao hospital se passo mal. E eu me espelho nele. Ele me inspira todos os dias a ser um bom profissional igual a ele", diz Brendow.

Ex-alunos, grandes instrutores 

Muitos dos instrutores do Senai-DF já foram alunos da entidade. Alguns deles, inclusive, já passaram pelo processo da Olimpíada do Conhecimento, defendendo capital federal olimpiada senai df albertocomo instrutores.

Esse é o caso de Alberto Luiz Santos. O instrutor fez o primeiro curso de Serralheria e Soldagem no Senai Gama, ainda em 1995. Três anos depois, em 1998, ele participou como competidor de Soldagem do 8º Torneio de Formação Profissional, formato antigo da Competição. A Olimpíada do Conhecimento só passou a ter esse nome e escopo a partir de 2001, no evento realizado em Brasília.

"O que mais encanta na arte de ensinar é poder mostrar um mundo novo, que era completamente desconhecido para o jovem. É mostrar a ele que a Soldagem, por exemplo, exige alta habilidade técnica e é um processo que está em constante evolução", diz.

Guilherme Cunha é atual instrutor de Mecânica de Autos. Ele vestiu a camisa da capital federal em 2010, na Olimpíada do Conhecimento realizada no Rio de Janeiro. À época, ele conquistou a medalha de bronze. "Uma das melhores partes de todo o processo que envolve a Olimpíada é transformar um jovem sem experiência nenhuma, ao fim da competição, em um excelente profissional. É realização para o instrutor", comenta.

Não bastante, Victor Salviano, aluno de Mecânica de Autos da OC de 2012, realizada em São Paulo, também medalhista de bronze, foi outro instrutor do atual competidor, Fábio Morais. "O nosso aluno mora em São Sebastião. Ir, portanto, todos os dias para Taguatinga e treinar mais de 12 horas por dia, passou a ficar inviável para Fábio. Ofereci minha casa durante a semana para que ele tivesse condições de se preparar com qualidade e tranquilidade para a competição. Ele virou parte da minha família, um irmão pra mim", diz Victor.

Índices da Educação

Valorizar o professor é iniciativa indiscutível para a melhoria da educação oferecida no Brasil, em todos os níveis do ensino. O Ministério da Educação divulgou, ainda ontem (5/9), que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi de 4,2 pontos no Ensino Fundamental, abaixo da meta de 4,4 pontos. No Ensino Médio, o País repetiu o índice de 2011 (3,7%), abaixo da meta de 3,9. Os índices medem a qualidade da educação no País e reúnem as redes públicas (estadual e municipal) e privada.

Cobertura

O desempenho da delegação do DF durante toda competição pode ser acompanhado pelo site:www.sistemafibra.org.br/senai/olimpíada ou pelo www.facebook.com/ocdf2014.

Texto: Suzana Leite
Fotos: Nilson Carvalho

 

Contatos para imprensa:
Suzana Leite
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Nilson Carvalho
(61) 9674-0238
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Perfil dos competidores

  • João Victor dos Anjos Oliveira Movelaria
  • Luan Silva Braga Sistemas de Drywall e Estucagem
  • Lucas Maciel Funilaria
  • 1