Maceió (AL) - As provas da ocupação de Mecatrônica, que são realizadas no Senai Gustavo Paiva, em Maceió (AL), já estão a todo vapor. São três dias de disputa, em que os competidores recebem as atividades momentos antes do apito inicial. Ao todo, 10 estados buscam a tão sonhada vaga para representar o Brasil na WorldSkills, em Abu Dhabi, em 2017. Representado o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF) estão os alunos Yuri Dias e Fernando Furtato, que brigam pelo título inédito.

Ainda nesta terça-feira (2/8), os alunos realizaram as atividades do módulo 1 e 2, tendo apenas 3h30 e 1h30, respectivamente, para a conclusão das tarefas, que, ao final, resultarão na entrega de uma planta industrial compacta. Ontem, foi construído apenas 1/3 desta planta. As tarefas simulam o dia a dia do trabalho de um profissional de mecatrônica. Os jovens tiveram que programar uma máquina para depositar peças em um esteira. Para tanto, os competidores realizaram testes de funcionamento de objetos em várias cores: transparentes, pretos ou vermelhos.

“Nosso problema maior é o tempo. Temos que brigar contra ele também. Se der algum erro, temos que arrumar e voltar de onde paramos. Mas treinamos para solucionar qualquer tipo de erro que venha a acontecer. Então, acredito que não perderemos muito tempo parados nisso”, ressalta Yuri Dias.

Os competidores podem perder ponto se houver colisão de cabos ou peças, algum sensor deixar de funcionar na execução da atividade ou a comunicação do computador e do CLP apresentar problema. Outro fator determinante para a pontuação é conseguir executar as atividades propostas, no tempo pré-estabelecido. O técnico da ocupação, Flávio Chiapetti, ressaltou a preparação dos jovens para este tipo de situação. “Nós trabalhamos muito em cima de erros, justamente para que eles pudessem saber como sair deste conflito e, aqui, pode ser um diferencial”, destaca.

Já hoje - segundo dia de provas - foram realizadas atividades dos módulos 3 e 4, totalizando 6 horas, com foco na montagem da planta. “Ela está ficando mais robusta, recebeu mais estações, e, agora, está maior e mais completa”, completa Flávio.

Ao final, a planta industrial deve realizar uma atividade autônoma. Imitando uma tarefa automatizada, o protótipo deve pinçar uma peça, juntar tampas, depositar uma moeda dentro de um recipiente, fechar e entregar o produto final.

O profissional de mecatrônica

A Mecatrônica nada mais é que a junção das palavras de “mecânica” e “eletrônica”. E, de fato, a mecatrônica consiste na junção de mecânica com eletrônica, acrescido de informática.

Este profissional deve construir, fazer manutenção e os ajustes necessários no sistema de produção automatizado, que combinam tarefas desenvolvidas por máquinas, equipamentos, ferramentas e mão de obra humana, como as linhas de montagem, de processo ou, ainda, acompanhar sistema de distribuição automatizada ou de logística. A atuação no mercado de trabalho é normalmente em industrias, automatizando processos, melhorando outros ou com a manutenção das máquinas. 

Este profissional é capacitado para trabalhar em diversas áreas da eletrônica e encontra um bom campo de trabalho no setor industrial, tais como mecânico de precisão,desenvolvendo atividades voltadas para a produção de equipamentos controlados por sensores elétricos e ópticos ou por microcontroladores automáticos.

Na área de soldagem, pode atuar coordenando os serviços de ligação e solda de peças e estruturas metálicas utilizadas na engenharia, ou ainda, na área de projetos, criando equipamentos, instalações e dispositivos mecânicos industrias, com a utilização de ferramentas de simulação que permitem a concepção de objetos virtuais em 3D, e outras áreas afins como gestão de manufatura, manutenção de maquinas e equipamentos, mecatrônica e processos, montando equipamentos. 

Estipula-se que o salário para, até um ano de experiência, seja de pouco mais de 3 mil reais. As informações são de um levantamento realizado pelo Senai Nacional.