A Seletiva WorldSkills 2017 na ocupação de Design Gráfico entrou em seu último dia de prova. André Ferreira (20), representante do DF, precisa correr contra o tempo para desenvolver a embalagem de um produto de uma empresa de food truck fictícia. Ao longe, Rosa Maria Arendt, uma dos treinadores do competidor, observa seu pupilo e conversa com nossa equipe sobre a importância do Senai na vida dos competidores. Então ela olha para si e enxerga a oportunidade que teve ao ingressar na unidade de Taguatinga, no DF.
Em 2003, aos 43 anos, ela resolveu se reinventar. Deixou a vida como dona de casa para trás e resolveu buscar a recolocação no mercado de trabalho. Graduada em Educação Física, ela decidiu que não iria mais seguir carreira na licenciatura, então resolveu apostar nos cursos oferecidos pelo Senai. Rosa começou sua trajetória em um curso de aplicações para web. Em seguida, teve a oportunidade de fazer um curso técnico em Design Gráfico e Web, foi quando mergulhou de cabeça na profissão.
“Comecei minha carreira quando a maioria das pessoas já está concluindo a sua. Eu estudava em uma turma com 20 alunos. Era a mais velha e tinha dificuldades no começo. O professor precisava sentar do meu lado”, se diverte. “Com qualificação, todo mundo consegue se reposicionar no mercado. O Senai te dá essa possibilidade. Se isso já era algo evidente antes, nesse período de dificuldades econômicas, isso se torna essencial”, completa.
Hoje, a instrutora de André conta orgulhosa que, além dela, os filhos também estudaram na instituição. “O Senai é uma porta do mercado para todas as pessoas, independente de classe social. Quando comecei as pessoas falavam que o Senai não era pra mim. Mas isso não é verdade. O Senai é para todos que querem ser melhores”, conclui Rosa.
Com o portfólio montado no Senai, Rosa deu seus primeiro passos na profissão. Graças ao conhecimento obtido na unidade, ela reposicionou-se no mercado, conseguiu o primeiro estágio, foi conquistando vagas e, em 2009, retornou à Casa como professora. Desde então, ela compõe o time de professores do Senai. Ao logo da carreira, a instrutora ainda se especializou em editorial e divide sua rotina profissional atuando no Senai e trabalhando em um órgão internacional ligado ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
O Design Gráfico
Entre as atividades desenvolvidas por um profissional de Design Gráfico, está o desenvolvimento de marcas, logotipos, símbolos, embalagens, livros, jornais, revistas, pôsters, folhetos, catálogos e folders. Francisco das Chagas, instrutor do Senai Taguatinga, explica que esse tipo de profissional precisa ser criativo, organizado e estar antenado nas novidades do mercado.
O campo de atuação também é amplo segundo o professor. “Jornais, revistas, gráficas e empresas em geral. Não falta mercado para esse profissional. Por isso, muitas vezes, ele escolhe trabalhar por conta própria. Vejo ex-alunos meus ganhando entre R$ 1,8 mil a R$ 4,8 mil trabalhando na área”, explica Francisco.
O Senai-DF tem em seu portfólio uma série de cursos voltados para o setor gráfico. A área é uma das mais importantes dentro da indústria gráfica local. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do DF (Sindigraf-DF), Pedro Henrique Verano, esse profissional tem um mercado crescente e a missão de oferecer soluções para o setor, trazendo inovação e deixando os produtos oferecidos pelo setor mais atrativos.
“As gráficas deixaram de ser simples prestadores de serviço e passaram a receber demanda mais modernas e inovadoras. Então, os profissionais formados pelo Senai nos trazem as soluções para as empresas, ao oferecerem serviços de acordo com a necessidade do mercado”, explica.