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O Distrito Federal terá de qualificar 190.915 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis técnico, superior e de qualificação entre 2017 e 2020. Esses profissionais trabalham na indústria ou em atividades de serviços ou comércio que atendem direta ou indiretamente ao setor industrial.

As áreas que mais vão demandar formação profissional no estado devem ser construção (81.043), tecnologias da informação e comunicação (26.195), meio ambiente e produção (21.098), alimentos (19.355), metalmecânica (11.754), energia (11.473), veículos (6.377), vestuário e calçados (4.860), madeira e móveis (2.842), papel e gráfica (1.840), petroquímica e química (1.603), pesquisa, desenvolvimento e design (1.563) e mineração (913).

Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. Em todo o Brasil, será necessário qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nesse período.

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A demanda por formação inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado. “O estudo demonstra a vitalidade do mercado de trabalho no Brasil no horizonte dos próximos quatro anos. Profissionais qualificados terão mais chance de aproveitar as oportunidades que surgirem quando a economia voltar a crescer e as empresas retomarem as contratações”, afirma o diretor-geral do SENAI e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi.

FORMAÇÃO DE TÉCNICOS– Para se tornar um técnico, o profissional precisa fazer um curso com carga horária entre 800h e 1.200h (1 ano e 6 meses). Esses cursos são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio e, ao final, o estudante recebe um diploma.  Segundo o estudo, cinco áreas destacam-se na demanda por formação de técnicos:

Áreas com maior demanda por formação – Técnicos

Áreas Demanda 2017-2020
Tecnologias de Informação e Comunicação 7.614
Energia 5.787
Construção 4.335
Metalmecânica 3.521
Meio ambiente e produção 3.099

Nessas áreas, deve haver maior demanda por profissionais qualificados em ocupações industriais como supervisores da construção civil, técnicos de controle da produção e técnicos em eletrônica, entre outras.

Ocupações industriais com maior demanda - Técnicos

Ocupações Demanda 2017-2020 Área
Técnicos em eletrônica 3.607 Energia
Supervisores da construção civil 2.607 Construção
Técnicos em operação e monitoração de computadores 2.440 Tecnologias de Informação e Comunicação
Técnicos em telecomunicações e telefonia 2.255 Tecnologias de Informação e Comunicação
Técnicos em programação 2.067 Tecnologias de Informação e Comunicação
Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 1.550 Energia
Técnicos de controle da produção 1.143 Meio ambiente e produção
Técnicos em construção civil (edificações) 851 Construção
Técnicos em segurança no trabalho 847 Meio ambiente e produção
Técnicos de apoio em pesquisa e desenvolvimento 675 Pesquisa, desenvolvimento e design

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – Já os cursos de qualificação são indicados a jovens ou profissionais, com escolaridade variável de acordo com o exercício da ocupação, e buscam desenvolver novas competências e capacidades profissionais. Ao final, o aluno recebe um certificado de conclusão.  As áreas com maior demanda por profissionais com qualificação de mais de 200 horas, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 serão:

Áreas com maior demanda por formação – Qualificação (+200h)

Áreas Demanda 2017-2020
Alimentos 15.853
Construção 8.910
Veículos 4.632
Energia 4.235
Vestuário e calçados 3.645

De acordo com especialistas do SENAI, a exportação de commodities agrícolas (carnes, açúcar, derivados da soja) deve gerar empregos no setor de alimentos entre 2017 e 2020, o que ajudaria a explicar a forte necessidade por formação de profissionais nesse setor.

Segundo o Mapa, entre as dez ocupações mais em alta nos próximos anos, estão cozinheiros e operadores de máquinas para costura de peças de vestuário.

Ocupações industriais com maior demanda dentro e fora da indústria - Qualificação (+ 200h)

Ocupações Demanda 2017-2020 Áreas
Cozinheiros 11.342 Alimentos
Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis 3.809 Construção
Padeiros, confeiteiros e afins 3.210 Alimentos
Mecânicos de manutenção de veículos automotores 3.079 Veículos
Trabalhadores de instalações elétricas 2.850 Energia
Encanadores e instaladores de tubulações 2.049 Construção
Tintureiros, lavadeiros e afins, à máquina 1.920 Vestuário e calçados
Montadores de estruturas de concreto armado 1.602 Construção
Marceneiros e afins 1.359 Madeira e móveis
Eletricistas-eletrônicos de manutenção 1.357 Energia

costuraMETODOLOGIA - O Mapa do Trabalho Industrial é elaborado a partir de cenários que estimam o comportamento da economia brasileira e dos seus setores. A pesquisa projeta o impacto sobre o mercado de trabalho e estima a demanda por formação profissional (inicial e continuada). As projeções e estimativas são desagregadas no campo geográfico, setorial e ocupacional, e servem como parâmetro para o planejamento da oferta de cursos do SENAI.

Leia a íntegra do Mapa do Trabalho Industrial no Portal da Indústria.

O diretor-geral do SENAI lembra que a qualificação do trabalhador afeta na produtividade das empresas. “A agenda de qualificação aponta a preocupação que as empresas têm no sentido de obter ganhos na produtividade do trabalho, que é determinado pelo aumento da competitividade no ambiente econômico”, diz Lucchesi.

O SENAI é o maior complexo privado de educação profissional e serviços tecnológicos da América Latina. Criado em 1942, já formou mais de 68 milhões de trabalhadores para 28 áreas da indústria brasileira desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica. 

OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO – Os melhores alunos de cursos de educação profissional do Brasil participam este ano da Olimpíada do Conhecimento, a maior competição de profissões técnicas das Américas, que ocorrerá entre 10 e 13 de novembro, em Brasília.  O torneio reunirá 1.200 estudantes de cursos técnicos e de formação profissional do SENAI e dos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (IF); alunos dos ensinos fundamental e médio do Serviço Social da Indústria (SESI) e de escolas públicas do Distrito Federal.

Durante os quatro dias de torneio, os estudantes serão provocados a apresentar soluções e produtos para empresas e para a comunidade, além de participar de provas individuais que exigem precisão e raciocínio rápido. Os desafios ocorrerão numa estrutura de mais de 50 mil metros quadrados montada ao redor do Ginásio Nilson Nelson. A expectativa é que 100 mil visitantes passem pelo local durante a competição. 

Perfil dos competidores

  • João Victor dos Anjos Oliveira Movelaria
  • Luan Silva Braga Sistemas de Drywall e Estucagem
  • Lucas Maciel Funilaria
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