Foi dada a largada para a Olimpíada do Conhecimento 2016. A maior competição de educação profissional das Américas começou hoje (10/11), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Das 9h até às 18h, os 1.200 competidores participam do momento de ambientação, alguns desafios individuais, além de demonstrações e exposições.
Os alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) estão participando dos desafios em grupo de Construção e Edificações (Casa Popular) e Transporte e Logística (Tunning). Nessa área, os 12 competidores do DF puderam se ambientar ao local de prova e conferir todos os equipamentos que serão utilizados na competição.
O primeiro dia da Olimpíada foi prestigiado por centenas de alunos de escolas públicas e particulares do Distrito Federal e algumas autoridades, entre elas, o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, o diretor regional do Senai-DF, Albano Esteves de Abreu, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, o vice-governador de Brasília, Renato Santana, a secretária de esportes do DF, Leila Barros, o Ministro da Educação, Mendonça Filho, além de vários presidentes de sindicatos filiados a Fibra e diretores da CNI.
Na área automotiva, os competidores verificaram as ferramentas e acessórios do motor, suspensão e personalização do FordKa, 1.5, que está sendo “tunado”. O público que entra na tenda do desafio de Tunning, logo de cara, consegue ver os diferenciais do projeto do DF. Desde a porta que abre para cima, até os detalhes marrons na lataria e a placa preta. Todos os detalhes arrancam suspiros dos visitantes. E o carro só está com 80% do projeto executado. A finalização começa a ser feita amanhã pelos quatro alunos do Senai-DF.
Na parte da Casa Popular, é possível encontrar uma verdadeira cidade em construção. Com um espaço para “food trucks” e bancos de praça, a área apresenta sete casas, ainda não concluídas. A equipe do Distrito Federal optou por fazer o projeto em container, devido ao fator sustentabilidade. A casa tem 40m² e apresenta quarto, cozinha e banheiro, com acessibilidade para cadeirantes, automação, multifuncionalidade, além de ser sustentável. Os oito alunos do Senai-DF que executam o projeto são de cursos como Elétrica, Aplicação em Cerâmica e Automação.
Outro competidor do Senai-DF que já começou a realizar as provas é o Marcos Vieira, do desafio de Operador de Computador para pessoas com deficiência. Marcos é deficiente visual e está competindo com pessoas cegas e surdas. Nesta quinta-feira, ele fez ambientação de manhã e, à tarde, realizou a primeira parte da prova, com Microsoft Excel, com criação de uma planilha de controle de estoque, que devia ter cálculos, customização, formatação e gráficos. Ele teve quatro horas para realizar tudo o que foi solicitado.
Em todo o ambiente da Olimpíada do Conhecimento, é possível ver o que há de mais moderno e inovador no mercado. Na parte de Educação do Futuro, os visitantes podem interagir com o Microsoft HoloLens, que consistem em um óculos holográfico que proporciona realidade aumentada. Ao lado, a Exposição Arte do ofício mostra a evolução histórica de ferramentas e da comunicação, inclusive, com a demonstração do funcionamento de uma impressora 3D. No espaço do Festival Sesi de Robótica foram realizadas disputas de robô das equipes de escolas públicas do DF.
Desafio individual
Alguns estudantes dos desafios em grupo vão realizar provas individuais e surpresa durante os quatro dias de prova. Hoje, o aluno do DF, Nilvan Poeck, da área de Instalações Hidráulicas, realizou o primeiro desafio individual da Olimpíada. Ele teve uma hora para realizar a montagem de uma tubulação de água fria de um banheiro, incluindo vaso sanitário, chuveiro, ducha higiênica e lavatório. Um ponto de alimentação de água em vertical precisou ser conectado para fazer toda a tubulação.
Os competidores receberam as mesmas ferramentas para garantir a igualdade da competição. Eles tiveram a disposição: esquadro, nível, alicate, bomba d’agua, trena e arco de serra.
O representante do DF no desafio de hidráulica foi o primeiro a completar a prova. Mas, na hora da avaliação verificou-se que o chuveiro estava quebrado, o que fez com que ele perdesse o ouro. “No momento em que eu enroscava o chuveiro, a peça quebrou. Ali eu já sabia que estava desclassificado. Eu tinha duas opções: continuar ou não concluir o desafio. Eu não me preparei até aqui para desistir. Por isso, fui até o fim, mesmo que já não valesse mais medalha alguma”, conta o estudante.
O primeiro lugar na prova foi ocupado pelo representante de Rondônia, após realizar todo o projeto conforme os padrões de qualidade e com funcionamento do chuveiro. “Acredito que apesar do nervosismo, consegui manter a calma, analisar o projeto para ver se estava tudo certo e ainda separei as peças em cima da mesa, em sequência, para não esquecer nada. Acho que esse foi o meu diferencial”, afirmou o vencedor Wesley Monteiro da Silva, da área de instalações hidráulicas, de Rondônia. O pódio foi completo pelos competidores do Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
