Alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi) estão apresentando aos visitantes da Olimpíada do Conhecimento 2018, no espaço Espaço Maker da Escola do Futuro, projetos feitos em sala de aula. O objetivo é mostrar a importância de métodos e tecnologias inovadoras na educação. O evento começou na quinta-feira, 5 de julho, e vai até domingo (8), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A entrada é aberta ao público e gratuita.
No local, o Distrito Federal está expondo dois projetos: o Max Dife e o Autoval. O primeiro é um dispositivo eletroeletrônico capaz de analisar e identificar a falta de energia em uma região, além de enviar a localização da falha do blackout à central. Já o segundo, é uma válvula de gás com controle a distância e um dispositivo eletroeletrônico capaz detectar um vazamento.
As ideias foram criadas por alunos das escolas do Senai Taguatinga e do Senai Gama. “O Max Dife foi feito para solucionar um problema de uma empresa. Poder apresentá-lo em um evento nacional mostra o quanto ele tem potencial em ajudar a nossa cidade”, disse Ana Carolina Moraes, 15 anos, estudante de Rede de Computadores de Taguatinga.
O projeto ficou em terceiro lugar da etapa regional da edição de 2018 do Grand Prix de Inovação* – disputa que tem o objetivo de criar soluções que atendam a necessidades reais do setor produtivo e, consequentemente, de formar profissionais inovadores e empreendedores para a indústria. A competição teve duração de 24 horas ininterruptas. Após a bandeirada final, uma banca examinadora, formada por professores do Senai-DF e por representantes de empresas que propuseram os desafios, avaliaram os projetos.
O Autoval foi elaborado em 2017 para o Desafio Senai Projetos Integradores, que estimula nos estudantes as capacidades de trabalhar em grupo, de propor ações inovadoras e de pensar de forma empreendedora. “Reunimos alunos de áreas distintas do conhecimento e eles têm de buscar soluções para problemas reais”, explicou o professor de Tecnologia da Informação do Senai Gama Bruno Soares. A equipe, formada por quatro alunos, ficou em primeiro lugar na etapa regional da edição do ano passado com o projeto criado para atender a demanda de uma empresa de distribuição de gás de Pernambuco.
O Senai-DF estimula a inovação e o empreendedorismo nos seus alunos, levando em conta que são competências cada vez mais exigidas no mercado.
*Na Escola do Futuro da OC2018, também está acontecendo um Grand Prix de Inovação. No evento, quatro empresas – Dassault Systemes, Fiat Chrysler, BRF Brasil Foodse Ambev – proporão desafios a oito equipes com seis estudantes do Sesi e do Senai de 13 estados. Eles terão de desenvolver, em 44 horas, soluções para os desafios propostos por meio de método que usa inovação aberta e criatividade, empreendedorismo e redes colaborativas. Os alunos dos melhores projetos serão contemplados com uma viagem a um ecossistema de inovação.
Mostra de Ciências e Engenharia
Também na Escola do Futuro, 48 equipes de estudantes da Educação Básica Articulada com Educação Profissional (Ebep) do Sesi e do Senai – programa que permite aos estudantes do ensino médio complementar os estudos com um curso técnico – apresentam projetos de inovação científica e tecnológica para solucionar problemas. Serão avaliados por uma equipe de especialistas da Universidade de São Paulo (USP), e os estudantes receberão orientações técnicas para melhoria dos processos.
Brasília é representada com quatro projetos na mostra:
- América Pré-Colombiana: Jogo de tabuleiro que proporciona debate e troca de ideias sobre a América Pré-Colombiana. Projeto criado pelos alunos de Sobradinho: Thainara Ramalho, Lara Brito, Kevin Razen e Nara Novaes.
- Horta Inteligente: É um Sistema de Irrigação por Método Automático (Sima). Um sensor mede a umidade do solo afim de evitar irrigações excessivas ou a falta de água nas plantações, além de enviar as informações para um aplicativo que aciona a bomba d’água. Projeto criado pelos alunos do Gama: Isadora Marinho, Luan Melo e Lucas Sampaio.
- Limoneno: Uso de rejeitos de frutas cítricas como inseticida natural. Projeto criado pelos alunos de Taguatinga: Igor Thiago de Oliveira, Kristy Hellen Nunes e Maria Rosália da Silva.
- Racismo Velado: Exposição de uma pesquisa sobre racismo e a sua manifestação na sociedade brasileira. Projeto criado pelas alunas de Taguatinga: Bruna Eduarda dos Santos, Evelyn Gonçalves e Maria Alice dos Santos.