Em 2018, a Olimpíada do Conhecimento teve um formato diferente dos anos anteriores – antes, o evento era palco de disputas entre estudantes de diversas profissões técnicas, com o objetivo de selecionar a equipe brasileira para a WorldSkills Competition. Repaginada, a OC2018 apresentou ao público grande exposição do futuro, ao mostrar tecnologias da indústria 4.0. A demonstração da Cidade Inteligente e da Escola do Futuro atraiu mais de 46 mil visitantes durante os quatro dias de evento, de 5 a 8 de julho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A Olimpíada é organizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi).
Esta foi a 10ª edição da Olimpíada do Conhecimento. No local de realização do evento, foram construídos dois ambientes com inovações que prometem melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos e revolucionar a educação.
A Cidade Inteligente trouxe demonstrações de tecnologias que promovem o uso eficiente de recursos, a redução dos impactos ambientais e a melhoria da qualidade de vida. Já a Escola do Futuro teve o objetivo de mostrar – com o auxílio de alunos do Sesi e do Senai de todo o País – competências e habilidades para lidar com a Indústria 4.0. A OC2018 ainda teve palestras gratuitas com youtubers, chefs de cozinha e estilistas.
Os departamentos regionais do Distrito Federal do Sesi e do Senai participaram dos dois ambientes. “Achei muito inteligente esse novo formato, porque ficou demonstrado que a tecnologia pode melhorar a vida das pessoas. A estratégia de mostrar a vida na cidade e a escola do futuro foi bem relevante, pois mostrou o impacto desta revolução digital que nós vivemos”, afirmou Marco Secco, diretor regional do Senai-DF.
Os visitantes tiveram contato com as principais tendências de inovação e tecnologia voltadas para aprendizagem, qualidade de vida e competitividade. O evento atraiu crianças, jovens e adultos, em diferentes perfis profissionais. O professor da Universidade de Brasília Rômulo Ribeiro visitou a Olimpíada com a família e ficou satisfeito de ver a tecnologia aliada à sustentabilidade. “Fiquei bastante interessado na tecnologia apresentada, principalmente nessa parte de reuso da água demonstrada no banheiro da casa inteligente. Eu acho fantástico, porque traz para realidade o que muitas pessoas só veem na televisão”, explicou Rômulo.
Entre outras coisas, os visitantes puderam ver impressoras 3D, robôs e máquinas aliadas à internet das coisas. “Eu sempre gostei dessa parte de tecnologia. Inclusive, estou construindo uma impressora 3D, com base em projetos disponíveis na internet. Aqui, eu vi o meu futuro. Me encantei com algumas máquinas que até então eu só tinha visto na internet. No evento, eu pude ter contato pessoalmente com estes equipamentos”, disse o técnico em eletrônica, Paulo Ricardo da Silva.
O profissional visitou a Olimpíada ao lado dos irmãos Davi e Pedro Henrique Silva, que são estudantes. Eles ficaram encantados com a estrutura apresentada no evento. “Gostei muito, principalmente, do robô dançando na sala automatizada. Espero que minha casa do futuro seja igual esta demonstrada aqui”, disse Pedro Henrique.
Toda a estrutura da Olimpíada do Conhecimento foi montada em um espaço de 25 m². As demonstrações de tecnologia da quarta revolução industrial permitiram crianças e jovens aprender na prática, além de orientar adolescentes e adultos nas profissões que vão dominar o mercado profissional no futuro.
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Passagem da bandeira da WorldSkills
A bandeira do mundial de profissões técnicas, a WorldSkills Competition, passou neste domingo (8) pela Olimpíada do Conhecimento. O evento internacional será em agosto do ano que vem, em Kazan, na Rússia. A solenidade reuniu competidores, alunos de cursos de educação profissional e dirigentes do Senai, entidade responsável pelas equipes brasileiras em todas as edições da WorldSkills.
A bandeira iniciou sua jornada na WorldSkills Abu Dhabi, em 2017, e desde então tem viajado por diversos países. Foi até para o espaço, onde ficou três meses na Estação Espacial Internacional, antes de retornar à Terra. A viagem internacional da bandeira passou por outros 17 países que já foram sede das competições, antes de chegar a Brasília.
Na solenidade realizada na Olimpíada do Conhecimento, a bandeira ganhou um adesivo da WorldSkills São Paulo 2015, ano em que o Brasil sediou pela primeira vez a competição. Daqui, seguirá para o Japão e para a China, antes de regressar à Rússia, onde o símbolo percorrerá diversas cidades até a chegada a Kazan.
Embora a OC tenha ganhado novo formato, as Seletivas WorldSkills continuam sendo realizadas. Agora, não mais em um único evento, reunindo todos os competidores das profissões técnicas disputadas no torneio internacional, mas aproveitando o espaço físico das unidades do Senai espalhadas por todo o País. O DF tem representantes em 19 ocupações. Além disso, vai sediar seis das 45 seletivas que serão realizadas. As Seletivas já iniciaram. Acompanhe as notícias da delegação brasiliense no site.