Alunos do Psai demonstram formas de aprendizagem em seminário

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Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência (21 de setembro), alunos do Programa Senai de Ações Inclusivas (Psai) do Distrito Federal participaram do Seminário Internacional de Acessibilidade e Inclusão: Expressão da Cidadania. O evento foi realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), nos dias 20 e 21, na Escola de Governo do TCU, o Instituto Serzedello Corrêa.

Quem foi ao seminário conheceu formas de adequação teórica e prática do conteúdo de diversos cursospara a inclusão de pessoas com deficiência. Com essa adaptação, o Senai tem habilitado alunos para o mercado de trabalho. Em todo o Brasil, mais de 180 mil pessoas com deficiência se qualificaram em cursos de educação profissional nos últimos dez anos.

No espaço D+eficiência, os visitantes viram algumas atividades na prática. Aluno do Senai Taguatinga, o deficiente visual Marcos Vieira, 22, formata máquinas, instala memórias e usa programas diversos. Vencedor da Olimpíada do Conhecimento de 2016, na categoria Operador de Computador para Pessoas com Deficiência, o jovem recebe comandos em áudio, a partir de um software gratuito que lhe permite usar plenamente o computador.

O programa que o jovem utiliza é o NVDA, que reproduz em áudio tudo o que o cursor do mouse selecionar. Dessa forma, Marcos navega na internet, cria planilhas no Excel e produz textos no Word com facilidade. Ele estuda no Senai-DF desde 2015 e é contratado como Jovem Aprendiz pelo Sesi-DF. Agora, faz o curso técnico em Redes de Computadores.

“As aulas no Senai foram fundamentais para o meu desenvolvimento. Aprendi muito e hoje formato computadores, troco cabos de redes, faço upgrades em máquinas”, contou o rapaz, que recentemente ingressou no curso de graduação de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e nas horas vagas ainda dá aulas de informática como voluntário.

O Senai-DF também mudou a vida de Gilmar Ambrósio de Alcântara, 44, que também tem deficiência visual. Ele fez o curso Operador de Microcomputador e participou da Olimpíada do Conhecimento de 2014, conquistando a medalha de excelência. Cursou também Montagem e Manutenção de Computadores e Programação. “Quando comecei no Senai-DF, eu não sabia nada de informática, hoje eu ensino as pessoas a mexer com computador.”

Quem foi ao seminário também teve a oportunidade de ver uma mostra da profissão de Panificação. Em uma unidade móvel do Senai, alunos produziram pães em massas doces e salgadas para degustação.

Psai

O Psai tem o objetivo de contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência e idosos nos cursos de educação profissional. O respeito à diversidade e a promoção da equidade de oportunidades entre todas as pessoas no processo de desenvolvimento laboral são norteadores do programa. Dessa forma, os alunos especiais são inseridos em turmas regulares, por meio de recursos de acessibilidade, equipamentos e softwares, além de recursos pedagógicos e ambientes físicos adequados.

De acordo com a interlocutora do Psai no Senai-DF, Ana Luzia Brito, o mercado de trabalho busca profissionais de qualidade e capacitados. “Se o mercado de trabalho está altamente competitivo, não poderá ser diferente para as pessoas com deficiência, que buscam na formação profissional a oportunidade de emprego, mas com produtividade e responsabilidade.”

 

Texto: Aline Reis (com informações da Agência CNI de Notícias)
Foto: José Paulo Lacerda / CNI
Assessoria de Imprensa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF)

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