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Criado: Quarta, 01 Novembro 2017 22:29

A unidade de Taguatinga do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) foi palco de um desafio tecnológico na área de energias renováveis nesta quarta-feira (1°). A atividade reuniu 15 mulheres, divididas em três equipes. As participantes inscritas já haviam feito cursos na área, seja no Senai ou instituições como a Escola Técnica de Brasília (ETB).

Em uma hora, elas precisaram montar um pequeno sistema solar fotovoltaico autônomo. A ação foi uma iniciativa do Sistema Fibra e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), agência responsável por uma cooperação técnica entre o Brasil e a Alemanha para criar bases de educação profissional e para capacitar especialistas em energia fotovoltaica.

As vencedoras foram Adriana Lima, de 17 anos, Marilda Soares, 37, Rayane Apne, 31, Rebecca Valle, 18, e Vanessa Dias, 32. Cada uma ganhou uma bolsa de estudos para o curso de Instalador de Sistemas Fotovoltaicos no primeiro semestre de 2018, na unidade de Taguatinga. “Como terminei o curso de Eletricista de Sistemas Fotovoltaicos em junho, eu já tinha dimensão do que fazer, mas ainda não havia tido oportunidade de testar meu conhecimento”, conta Rebecca. Instrutores do Senai e engenheiras convidadas avaliaram os trabalhos.

O desafio fez parte do workshop O Talento Feminino na Profissão de Instaladora de Sistema Fotovoltaico, com o objetivo de propor a equidade de gêneros nas carreiras técnicas em eficiência energética e em energias renováveis. “Atuamos pelo mundo em prol do desenvolvimento sustentável e também da questão de gênero, para reduzir as desigualdades”, resume Roberta Hessmann, engenheira da GIZ.

O Senai-DF oferece quatro cursos na área de energias renováveis, que em 2017 já formaram 200 alunos – só 12 mulheres. “Somos a maioria da população, mas ainda não estamos em todos os espaços em que podemos atuar. Essas mulheres aqui hoje representam a inserção de profissionais do sexo feminino em áreas normalmente ocupadas apenas por homens”, diz a coordenadora do Instituto Senai de Tecnologia da Construção Civil, Célia Leitão.

Em 2016, o Ministério de Minas e Energia lançou um plano de estímulo para atrair R$ 100 bilhões em investimentos privados para a geração de energia solar até 2030. A meta é incentivar 2,7 milhões de residências, comércios, indústrias e propriedades agrícolas a gerar energia limpa e renovável, em todo o país. Com isso, o Brasil poderá evitar a emissão de 29 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.

O governo do DF, por sua vez, lançou o Brasília Solar. O programa já capacitou, com ajuda do Senai-DF, alunos da Fábrica Social para trabalhar na área. Em outubro, foi inaugurada a Estação Solar Guariroba da Companhia do Metrô, em Ceilândia. É a primeira da América Latina totalmente sustentável.

De olho no mercado de energias renováveis, Marilda Soares, que ganhou uma das bolsas de estudo, conta que sempre teve interesse na área. Formada em Eletrotécnica, ela optou por se especializar em energia solar. “Essa área está crescendo e não vejo muitos profissionais acompanhando as mudanças. Fico feliz pela oportunidade”, comemora.

A parceria entre o Sistema Indústria e a GIZ é uma cooperação técnica entre o Brasil e a Alemanha para criar bases de educação profissional para capacitar especialistas em energia fotovoltaica. “A parceria tem contribuído muito para a transferência de tecnologia entre os dois países, com atenção à presença das mulheres na área de energia renovável”, destaca Marcello Rolim, representante do departamento nacional do Senai.

Texto: Marcus Fogaça
Foto: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF)