Fashion Revolution promove reflexão sobre origem das roupas

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Aproximadamente 30 pessoas, entre estudantes, professores e profissionais da moda, se reuniram na manhã deste sábado (28), para discutir a seguinte questão: Quem fez minhas roupas? A ação, na unidade de Taguatinga do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), é parte do movimento Fashion Revolution, realizado em mais de cem países.  

A edição de 2018 é o quinto ano do maior movimento de ativismo de moda do planeta, criado para mudar a maneira como as roupas são adquiridas, produzidas e compradas. No Senai Taguatinga, houve exibição de documentário e oficina de modelagem sem desperdício.

As origens de lindas peças apresentadas nas passarelas e expostas em vitrines de todo o mundo foram expostas no documentário RiverBlue (David McIlvridee, 2017). O filme passa por Bangladesh, pela Índia, pela Indonésia e pela China para mostrar os danos que fábricas de jeansque não seguem boas práticas causam a rios e a forma desumana como vivem milhares de pessoas nos arredores.

Em Bangladesh, por exemplo, ficam alguns dos lugares mais poluídos do mundo, em que moradores convivem com lixo e produtos químicos despejados por indústrias de roupas. As peçasde roupas, revendidas mundialmente a preços baixos, custam alto do ponto de vista socioambiental. 

O filme também mostra mudanças feitas na produção do jeans por indústrias da Itália e da Espanha. A ciência está conseguindo impactar algumas indústrias têxteis do mundo com uma revolução ambientalmente correta. Dessa forma, a luz, o ar ou outras substâncias não tóxicas podem substituir os produtos químicos utilizados na produção. A luz, no caso, é usada para desgastar o jeans.

Depois do documentário, houve um momento de reflexão e de debate com a bacharel em Desenho de Moda Romilda Moreira e a designer Ursula Quaresma. “A partir do momento em que nos chocamos, passamos a buscar soluções. Vamos refletir se precisamos de tantas peças no guarda-roupa. Vamos tentar, por exemplo, consumir dentro da região em que vivemos”, propôs Romilda.

quem fez minha roupa senaitaguatinga sistemafibraQuinze participantes também tiveram uma experiência prática, na oficina de modelagem Zero Waste (sem desperdício). Com uma malha de 200 cm x 80 cm, eles aprenderam a fazer um casaco, estilo cardigã, sob orientação das professoras do Senai-DF Samanta Farias, Thais Maria e Lúbia do Carmo.

O conceito de zero desperdício busca eliminar o descarte de tecido no processo produtivo. “É bem interessante por não gerar resíduo nenhum. O reaproveitamento é importante dentro da cadeia produtiva, mas não gerar resíduo diminui ainda mais o impacto ao planeta”, enfatizou Samanta, que é representante do movimento no Senai-DF. 

Espaço colaborativo 

Dentro da ideia de moda sustentável, o Senai Taguatinga, oferece à comunidade do DF um espaço de co-working, o Senai Fashion Fab. Os serviços custam de R$ 10 a R$ 70.

Estão disponíveis para locação 25 equipamentos essenciais para o desenvolvimento de peças, como máquinas de costura convencionais, eletrônicas e botoneiras. A estrutura é a mesma utilizada nos cursos de vestuário do Senai Taguatinga. Quem precisa de auxílio específico para desenvolvimento e produção de peças pode ainda contratar, por hora-aula, instrutores do Senai.

O horário de atendimento e de funcionamento é das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Para contratar os serviços do Senai Fashionfab ou saber mais sobre os cursos e capacitações na área do vestuário, ligue para (61) 4042 6565.

Fashion Revolution

Foi criado por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável que se uniram depois do desabamento do edifício Rana Plaza, onde havia várias confecções, em Bangladesh. Em 24 de abril de 2013, 1.133 pessoas morreram e 2.500 se feriram. A campanha deste ano vaiaté 29 de abril e desafia mais pessoas a exigir uma reforma da indústria da moda, com foco especial na necessidade de maior transparência. O objetivo é aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases do processo de produção e consumo. O Senai-DF participa do movimento pela primeira vez.

 

Texto: Aline Roriz
Fotos: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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