Profissionais do Senai-DF aprendem braile

Dezoito professores e técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) participam de uma capacitação em braile oferecida pelo departamento nacional da entidade. O objetivo é qualificá-los para o atendimento de pessoas cegas ou com deficiência visual e ensinar-lhes, na prática, o sistema de escrita tátil com pontos em relevo.

O curso a distância teve início em abril e inclui seis encontros, dos quais já houve quatro, na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Os próximos serão em setembro e em outubro. São trabalhados tópicos como o alfabeto, o código unificado de matemática, a leitura e a escrita em braile e os usos da reglete (régua com espaços vazados para formação dos relevos) e do punção (instrumento pontiagudo de perfuração do papel). A proposta é que, ao fim do curso, os participantes tenham aprendido as 63 combinações que compõem o braile.

“A partir do momento em que uma pessoa é alfabetizada, ela está capacitada para escrever em braile de forma que um cego consiga ler e entender. A utilização em sala de aula será imediata e deve ajudar muito no dia a dia com os alunos”, diz a professora do curso, Joana Maria de Vasconcelos, do Departamento Nacional do Senai. Deficiente visual desde os 22 anos, ela começou a dar aulas na entidade em 2005. “O braile deve ser feito da direita para a esquerda, mas a leitura é da esquerda para a direta. Se as combinações forem feitas de forma correta, a comunicação será perfeita”, explica.

aula de braile para funcionarios do Sistema Fibra

Um dos participantes do curso é o professor de Tecnologia da Informação do Senai Taguatinga Aroldo Paulino, que já tem larga experiência com educação inclusiva. Paulino ministra aulas a alunos cegos e, com eles, participou de campeonatos em âmbito nacional, como a Olímpiada do Conhecimento. Nas aulas, o professor ensina a manusear ferramentas e softwares como Word, Excel e Power Point. “Essa capacitação já está nos ajudando a receber de forma mais adequada os alunos com deficiência. Com o braile, podemos ajudá-los a identificar materiais, a fazer pesquisas e a ampliar os conhecimentos”, afirma.

Veja mais fotos do curso no link.

Texto: Aline Porcina
Fotos: Moacir Evangelista/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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