DF compete com duas equipes no Desafio Senai de Projetos Integradores

Solucionar problemas da indústria com ideias empreendedoras e inovadoras é o objetivo do Desafio Senai de Projetos Integradores. A iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) propõe que estudantes trabalhem em equipe e desenvolvam projetos com base em desafios que fazem parte do dia a dia de indústrias. Duas equipes do Distrito Federal concorrem na etapa nacional do desafio, ambas formadas por alunos do Senai Gama.

desafio senai de projetos integradores 2019 df 1Participam da disputa estudantes dos cursos de aprendizagem industrial, técnicos e de graduação do Senai, sob a orientação de instrutores. As equipes escolheram no início deste ano um problema real apresentado por uma empresa de qualquer parte do Brasil e trabalham para implementar uma melhoria, que pode ser na produtividade, na diminuição de impactos ambientais ou até na criação de um produto. É preciso fazer um protótipo e um vídeo de apresentação vendendo o projeto – o pitch.

Três alunos e uma instrutora do curso Técnico em Segurança do Trabalho e um instrutor da área de Metalmecânica do Senai-DF criaram a plataforma Acesso – Sistema Integrador de Tecnologias. É um mecanismo para auxiliar a visitação autônoma ao Museu de Artes e Ofícios, administrado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) de Minas Gerais. O museu oferece visitas guiadas e espontâneas – para a segunda existe a necessidade de explicação e de informação sobre as peças expostas. Essa é a maior demanda do local: uma forma de apoio ao público que visita o espaço sem um guia.

A proposta do grupo é que, por meio de QR Codes, o visitante utilize o celular, com sistema operacional Android ou iOS, para ter acesso às informações sobre as peças. A ideia é que isso seja feito por meio de uma nuvem de compartilhamento do banco de dados. O diferencial é o auxílio de um mapa virtual que guiará a pessoa pelo museu de acordo com o caminho que ela percorrer, pelo Google Street View. Pensando na acessibilidade, a equipe de jovens também sugere no projeto o uso de um tradutor da língua brasileira de sinais (libras), o Hand Talk. O aplicativo permite a interação de um ouvinte com uma pessoa surda, traduzindo texto para a linguagem de sinais.

Todo o projeto foi feito com tecnologias já existentes e o objetivo é potencializar o uso de cada uma por meio da junção delas. “Ao longo do nosso curso, estudamos normativos que atendem públicos distintos e que prezam pela segurança, por isso vimos a necessidade de criar algo que fosse inclusivo”, diz o estudante Maxwuell Alves, de 23 anos, um dos integrantes do grupo.

A ideia nasceu para o museu em Minas Gerais, mas já foi colocada em prática na biblioteca do próprio Senai Gama. Os estudantes adaptaram dois computadores com o Hand Talk para facilitar o diálogo com a funcionária Priscila Borges (foto acima), que é surda. “As pessoas têm receio em tentar conversar comigo e a iniciativa dos meninos quebrou essa barreira. Agora existe a comunicação direta com os alunos e alguns até aprenderam sinais em libras”, conta, sorridente. Ela destaca que a ferramenta facilita seu trabalho, que é o controle de empréstimos de livros, revistas e outras publicações.desafio senai de projetos integradores 2019 df 2

Gota de Vida

O outro projeto do DF que concorre à premiação do Desafio Senai de Projetos Integradores é o Gota de Vida. A demanda surgiu da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), que vê a necessidade de disseminar informações sobre o uso consciente da água.

Em 2017, Brasília passava por um período de racionamento de água e, para que as pessoas a utilizassem de maneira cuidadosa, a companhia criou o projeto Professor do Lago. Profissionais da Caesb capacitaram educadores sobre as consequências da crise hídrica com o intuito de que eles formassem uma rede de conscientização. As instrutoras do Senai Gama Isabel de Araújo e Francispaula Costa, das áreas de Segurança do Trabalho e de Gestão, respectivamente, foram as responsáveis por disseminar as informações no ambiente escolar. A partir daí foi criado o Projeto Gota.

Aproveitando essa ação, que ainda existe na unidade de ensino, cinco alunos do curso Técnico em Segurança do Trabalho se uniram para dar sequência à ideia além dos muros da escola, com o apoio de Francispaula e de uma instrutora de Português. A primeira mobilização foi com jovens que cumprem medida socioeducativa na Unidade de Internação de Santa Maria. A equipe os visitou para falar sobre o uso consciente da água no dia a dia, o descarte correto do lixo e o funcionamento das estações de tratamento de água e de esgoto. Os estudantes também fizeram vídeo, cartazes e apresentações em computador. Os internos tiveram de fazer trabalhos manuais e participaram de jogos sobre a temática.

“Mostramos a eles que é possível adotar práticas sustentáveis e hábitos de preservação simples que atingem diretamente o meio ambiente e o nosso principal recurso, a água”, conta Francispaula. A instrutora ressalta que o projeto vai além do consumo consciente. “É um olhar atento às pessoas que não têm instrução ou conhecimento sobre um assunto que para outros é de fácil acesso.”

Resultado

Serão premiados os três melhores projetos de cada categoria. Além de troféus e medalhas, os estudantes ganharão cursos do Senai ou viagens técnicas, conforme a colocação. As escolas também serão premiadas com capacitações na respectiva temática. A previsão é que o resultado seja divulgado em fevereiro de 2020.

Para saber mais, acesse o site do desafio.

Texto: Dayane dos Santos
Foto: Bruno Frauzino/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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