• Imprimir
• Email

Detalhes

Criado: Quarta, 17 Março 2010 00:43

O ministro conselheiro da embaixada do Sudão em Brasília, Abdelaziz Hassan Salih Taha, quer incentivar o intercâmbio profissional daquele país com a capital federal. Hassan Salih, que esteve nesta quarta-feira (17) na unidade do Senai Taguatinga, sinalizou interesse em trazer professores sudaneses para adquirirem conhecimentos técnicos nas áreas da construção civil, alimentação, vestuário e tecnologia da informação no Brasil, no Senai-DF.

“O objetivo do governo sudanês é obter tecnologia brasileira para nossos setores, principalmente o da indústria, agricultura, e o da construção civil”, afirmou Hassan. De acordo com o ministro, esta não é a primeira vez que o governo do país estuda enviar professores para intercâmbio profissional. “Já existem sudaneses adquirindo conhecimentos na China, no Japão, além de países da União Européia. Agora, queremos estender essa parceria com o Brasil”, disse. 

Hassan foi recebido pela administradora do Senai Taguatinga, Janaína Braga D’Almeida.  Segundo ela, o Senai-DF ainda não realizou parcerias com governos estrangeiros para capacitação de docentes. “Mas a entidade está de portas abertas para pensar em um projeto amplo, que favoreça o conhecimento mútuo entre os dois países”, disse.

A unidade do Senai Taguatinga abriga em 22 mil m² 39 salas de aula, 24 oficinas, 22 laboratórios e dois auditórios, com um contingente de 3,2 mil alunos por dia. A unidade capacita mão de obra para as áreas automobilística, eletricidade predial e industrial, refrigeração, informática, vestuário, alimentação, mobiliário e construção civil.

Comércio bilateral
A relação Brasil-Sudão começou a estreitar em 2004, quando Brasília passou a sediar uma embaixada do país africano. Desde então, os trabalhos de cooperação técnica se resumiram em parcerias com empresas privadas e estatais, como, inclusive, na construção de uma fábrica de etanol na cidade de Kenana, no estado do Nilo Branco, a 250 km ao sul de Cartum, capital do país. A fábrica, construída com ajuda do governo brasileiro, pretende produzir 65 milhões de litros de etanol este ano e aumentar a produção a 200 milhões de litros em dois anos.

Em relação ao comércio bilateral entre os dois países, de janeiro a novembro do ano passado, as exportações brasileiras para o Sudão somaram US$ 97,34 milhões, contra US$ 50,83 milhões no mesmo período de 2008. Os principais produtos brasileiros exportados ao país africano são açúcar, fumo, máquinas agrícolas e tratores. Já as exportações do Sudão para o Brasil somaram US$ 44,99 mil em 2009, queda de 85,56%, na comparação com 2008, quando totalizaram US$ 311,620 mil. Os principais produtos importados pelo país foram plantas medicinais, para perfumes, entre outras iguarias.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB).

Elton Pacheco
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF)
Foto: Cristiano Costa/Unicom