Ensino articulado é saída para desemprego
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- Criado: Sábado, 31 Julho 2010 19:06
Assunto é tema de encontro com representantes do Sesi-Senai em Brasília para discutir o Ebep. Programa criado em 2002 para integrar o ensino das duas instituições já formou mais de 50 mil alunos no País
As pessoas formadas em educação básica articulada com o ensino técnico profissionalizante têm mais chances de garantir um emprego. O assunto compõe uma das pautas de discussão do Encontro Regional Norte/Centro-Oeste sobre a integração do ensino do Sesi-Senai no País, e é também uma das preocupações da indústria brasileira no processo de formação de profissionais qualificados para barrar o chamado apagão de mão-de-obra. “Os índices de desemprego continuam altos e podem ser explicados pela carência do ensino básico oferecido pelas escolas brasileiras. Um profissional que tem deficiência no início da vida escolar terá, muito provavelmente, problemas na hora de obter qualificação, já na idade adulta”, afirma o gerente executivo de educação profissional do Senai Nacional, Paulo Rech.
Segundo Rech, uma das saídas para barrar o problema do apagão é articular o ensino básico com o ensino profissionalizante por meio de uma mesma proposta pedagógica. O modelo já é utilizado pelo Sesi-Senai com o chamado Ebep (Educação Básica e Educação Profissional) desde 2002 em escolas da rede em 25 departamentos regionais – a meta é incluir todos os 27 até o final deste ano. De 2006 pra cá, mais de 50 mil alunos em todo o País apostaram neste tipo de educação visando a uma melhor colocação no mercado de trabalho. “O grande diferencial do Ebep é a junção da teoria e da prática. A vantagem é que os estudantes formados no programa possuem novos caminhos a serem seguidos, e não apenas o tradicional vestibular após o término dos estudos. Queremos preparar, desde a base, profissionais para a nossa indústria”, acrescenta a gerente de unidade do Sesi Nacional, Eliane Martins.
Das mais de 15 mil vagas oferecidas pelo Ebep em 2010, 12.088 mil foram destinadas a gratuidade pelo Senai e outras 10.514 mil pelo Sesi. Os números já representam um universo gratuito de 79,86% das vagas do Senai e 69,46% do Sesi – o que também já supera a meta para gratuidade firmada entre o Sistema Indústria com o Ministério da Educação (MEC), que define em 66,6% da receita líquida a oferta gratuita de cursos profissionalizantes no Senai até 2014; e 16,67%, pelo Sesi, até o mesmo ano.
Uma das alunas beneficiadas pelo Ebep e que já colhe os frutos do ensino articulado é Marina Rodrigues Ferreira, 18 anos, ex-aluna do curso regular e de Mecânica de Refrigeração. “Essa dobradinha me forneceu experiência tanto para tentar o vestibular como para buscar o mercado de trabalho”, conta Marina. Mesmo antes de terminar o curso, a estudante representou, em março deste ano, o DF na 6ª edição da Olimpíada do Conhecimento. Marina ficou em 5° lugar no ranking geral da ocupação Mecânica de Refrigeração – a única mulher a participar nessa ocupação.
Encontro Regional – Até sexta-feira (13), representantes da Rede Sesi e Senai de Ensino do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins estarão reunidos no Senai-DF para discutir o ensino oferecido pelo EBEP em todo o País.
Elton Pacheco
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF)
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Foto: Cristiano Costa/Unicom