Selo Qual: solução para empresas

Grande maioria das empresas - sejam elas governamentais, estatais ou mesmo privadas - têm demanda de uniformes profissionais de todos os tipos. Contudo, a maior dificuldade encontrada pelas organizações é como abrir um processo licitatório de uniformes, já que, para isso, é necessário ter informações técnicas que subsidiem aquelas empresas que irão confeccionar o produto. Nasce aí um problema duplo. Daqueles que precisam comprar e daqueles que precisam vender: as especificações.

E esse foi impasse foi tema central do Workshop realizado ontem no auditório da Fibra: Inovação e Sustentabilidade das Confecções de Roupas Profissionais, uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), em parceria com a Associação Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), o Sebrae, entre outros. Cerca de 80 pessoas, entre empresários diversos do setor produtivo do DF e representantes de órgãos como Exército Brasileiro, Presidência da República, BNDES, Ministério do Desenvolvimento e Correios participaram do evento.

“As ações de capacitação que viabilizamos para as empresas de vestuário do DF têm como objetivo tornar o setor mais competitivo e sustentável”, disse o presidente do Sindiveste-DF, Paulo Eduardo Ávila.

Na ocasião, a ABIT apresentou aos empresários solução inovadora denominada Selo Qual. Trata-se um selo - marca de conformidade do Programa Brasileiro de Autorregulamentação de Roupas Profissionais, Militares, Escolares e Vestimentas – certificador de empresas de confecção, que seguem normas e padrões de qualidade com responsabilidade socioambiental.

Segundo o diretor superintendente da ABIT, Fernando Pimentel, a obtenção do Selo Qual garante ao empresário de confecções controle sobre a qualidade da produção do seu setor e, ainda, de sua gestão. “O Selo Qual estabelece um patamar mínimo de qualidade, alinha a concorrência no mercado interno e cria condições para os confeccionistas brasileiros buscarem a excelência e aumentarem sua participação no mercado global”, explicou, na oportunidade.

Em sua apresentação, Pimentel não economizou em números e mostrou o real cenário das empresas têxteis e de confecção do País. O setor representa 5% do PIB da indústria da transformação, sendo que mais de 10% dos empregos são desta atividade econômica. O diretor superintendente apresentou, ainda, dados do BNDES que comprovam que nenhum setor da indústria tem maior potencial de gerar empregos do que o setor têxtil e de confecção. A cada R$ 10 milhões a mais no faturamento do setor, são gerados 1,382 mil empregos, contra, por exemplo, 316 no setor metalúrgico.

Além disso, nenhum outro setor da economia brasileira contribuiu mais que o setor têxtil e de confecções para o controle da inflação desde o início do Plano Real em 1994. Outros dados mostram que, em 2011, o BNDES desembolsou R$ 2,4 bilhões para o setor no investimento de compras de máquinas e equipamentos. E o maior vilão do setor são as importações de vestuário, que cresceram 17 vezes em menos de uma década.

Diante da importância que o setor tem para o País, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), disse que lutará para defender os interesses da indústria têxtil e de confecção no Congresso. “Afinal, nenhum outro setor tem a capacidade de gerar empregos como o setor têxtil e de confecção”, ressaltou.

Participar do Selo Qual é uma forma de se enquadrar nos parâmetros técnicos, de qualidade, ambiental e social, estabelecidos para a indústria de confecção brasileira. Assim, diante do mercado, o Selo Qual assume a forma de um indicador de que aquela empresa ou produto está de acordo com as normas e, portanto, comprometida com a satisfação do cliente.

Como obter o Selo Qual

De acordo com a consultora do Centro Latino-Americano para Excelência e Qualidade (Claeq), Ambra Nobre, “as empresas que trabalham com o mínimo de confecção podem se certificar”.

O Programa Selo Qual possui um caráter evolutivo, permitindo três níveis de certificação. As empresas podem iniciar do nível bronze, no qual cumprem requisitos mínimos de gestão e qualidade, ambiental e de responsabilidade social e, então, evoluir para os níveis prata e ouro.

“Como um autêntico diferencial competitivo, o Selo Qual valoriza a imagem da confecção, possibilitando, inclusive, participar com vantagens em licitações para aquisições públicas”, ressaltou Ambra.

Para iniciar um processo de certificação, o fornecedor deverá, após escolha do nível em que pretende se certificar, selecionar a certificadora entre aquelas homologadas pelo Programa, no site: www.seloqual.com.br. Segundo Ambra, esse processo leva um tempo médio de quatro meses.

Caderno Técnico de Uniformes

O Senai-DF apresentou ontem, durante o Workshop, o Caderno Técnico de Uniformes - serviço oferecido pela entidade às empresas compradoras de uniformes. A publicação técnica exige trabalho de pesquisa científica para buscar os melhores produtos, que atendam as necessidades dos clientes. O documento atenta, ainda, às variações de acordo com posto de trabalho, exposições climáticas, esforço do trabalhador, entre outros fatores.

Segundo a técnica de relações de mercado do Senai-DF, Dayana Figuereido, a vantagem do serviço oferecido pelo Senai é, além da padronização, o auxílio da especificação técnica em processo licitatório e alinhar isso às necessidades dos usuários, em funcionalidade, qualidade, segurança e design.

Um exemplo de sucesso apresentado na ocasião foi o Caderno Técnico elaborado para Polícia Rodoviária Federal. O documento foi finalizado em 2011 e, atualmente, é utilizado pela PRF em todo o País. “Assim, o órgão pode abrir licitações para a confecção de uniformes com todas as especificações necessárias para um bom produto”, explicou.

Já para as empresas que confeccionam e, portanto, fazem parte da outra face da moeda, o Senai-DF está preparando técnicos que possam ser propagadores da metodologia e implantação do Selo Qual. “Nenhuma empresa do DF possui o Selo Qual. Atualmente, nosso setor perde grande parte das licitações para o eixo Rio-São Paulo. Isso tem que mudar e o Senai-DF está aí para ajudar”, antecipa.

Mais informações acerca do Caderno Técnico, no telefone: 3353-8700

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF)
Foto: Cristiano Costa

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