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Criado: Quinta, 08 Novembro 2012 01:00

A menos de uma semana da 7ª edição da Olimpíada do Conhecimento, que será realizada em São Paulo, de 12 a 18/11, treinar as tarefas que serão aplicadas na competição já não se faz mais necessário. O momento é trabalhar a parte psicológica, distrair a cabeça, relaxar o corpo e confiar nas mais de 1,5 mil horas de capacitação e treinamento ininterruptos realizados até agora. Para tanto, os 18 alunos do Senai-DF, que representarão Brasília no torneio, passaram dois dias (5 e 6/11) em um hotel fazenda localizado a 100 km da Capital Federal, com uma programação variada, recheada de descontração e de motivação. O grande destaque foi a presença da ex-jogadora de Vôlei e medalhista olímpica Leila Rego, que esteve na ocasião partilhando sua experiência de vida com os alunos.

Na oportunidade, os alunos ganharam uma injeção de ânimo ao ouvir a história de superação da ex-jogadora brasiliense. Isso porque, quem olha para a loira de 1,80 m de altura, não imagina o que ela teve que passar para conquistar uma vaga na Seleção Brasileira de Vôlei Feminino, para participar de três olimpíadas e, ainda, receber o título de Melhor Jogadora do Mundo, em 1996, no Gran Prix de Vôlei.

Para chegar a este certame, Leila teve que sair de Brasília aos 17 anos, com apenas R$ 50 no bolso e embarcar pra Belo Horizonte acreditando no sonho de fazer parte da seleção brasileira. “Meu pai não me apoiou e disse que se eu saísse pela porta de casa, não precisaria mais voltar. Minha mãe me abençoou, me deu o único dinheiro que tinha. Larguei a minha vida por um sonho que eu nem sabia se ia dar certo”, contou.

Ao decorrer do seu relato, Leila enfatizou aos presentes que acreditar em si mesmo é o primeiro passo para o sucesso. “Vocês estão indo para uma guerra. Acreditem em vocês. Vocês estão preparados para isso”, disse.

Parafraseando o famoso técnico Bernardinho, ela disse aos presentes: “Para o sucesso não existe atalho. O caminho é o trabalho”.  A ex-jogadora deixou claro que, para alcançar o pódio, é necessário deixar a vida profissional de lado por um período, treinar horas exaustivas, e, ainda, aceitar as consequências impostas pelo trabalho intenso: “Tenho hérnia de disco, bico de papagaio, operei os dois joelhos e os dois ombros. Mas tudo isso valeu a pena. Eu realizei meu sonho”, completou.

O jovem Luiz Fernando, que defenderá o DF na ocupação Marcenaria, foi o aluno que mais fez perguntas durante a explanação de Leila. O rapaz afirma que se identificou muito com o que a ex-jogadora viveu. “Vou levar a experiência dela, quanto ao controle da ansiedade, o foco e a concentração. Além disso, como ela disse, somos uma equipe, o time do DF, e a união vai fazer diferença durante a Olimpíada”, comentou.

Já Luciely Alves, competidora de Segurança do Trabalho, disse que irá se espelhar na medalhista olímpica. “Preciso acreditar em mim e não desistir. Essa autoconfiança ela tem de sobra, e é muito importante”, disse.

Programação variada

A programação também contou com a presença dos pais e parentes dos alunos. Eles participaram de uma palestra com o gerente de Formação Profissional do Senai-DF, Cláudio Tavares, a fim de que fossem esclarecidas as informações acerca da competição, e, claro, para que soubessem que seus filhos estariam em boas mãos.

Na ocasião, Cláudio falou das características de cada competidor e o que pode ser percebido foi o orgulho estampado nos rostos dos pais e parentes, dos jovens talentos do Senai-DF. “O Senai é uma porta para o mundo. Eu até choro em falar das coisas que minha filha conquistou e de quem ela se tornou após ter se matriculado no Senai”, comentou Aurelina de Almeida, mãe de Crislane Almeida, competidora da área de Confecção de roupas.

Já Manuel Alves, pai de Ramon, competidor da área de Panificação, disse se alegrar, profundamente, pela “bagagem” que o filho adquiriu no Senai. “Independente do ouro na Olimpíada, meu filho já está pronto profissionalmente. Isso já me dá um orgulho enorme”, contou.

Exemplos a serem seguidos

Romerito Lima, atual assessor do Conselho Nacional do Sesi, tem uma história muito íntima com o Senai-DF e de muitos anos. Ele, que entrou na instituição com 15 anos, em 1969, contou sua trajetória aos alunos e, ainda, falou dos competidores medalhistas que acompanhou nos últimos 37 anos.

Segundo Romerito, a história do Senai-DF na Olimpíada do Conhecimento começou em 1882, quando foram enviados dois alunos da unidade de Taguatinga. Em 1993, Brasília teve o 1º colocado do País em Eletricidade Predial, aluno que conquistou o 4º lugar no mundial, realizado na França. Ele relembrou, ainda, de André Luiz, que foi o nosso primeiro campeão do mundo, também em eletricidade, em 1999, no Canadá.

Ao passo que ia falando dos ex-competidores, Romerito ressaltava as qualidades que os levou ao pódio. “Acreditar em si mesmo, foco, concentração, escolha certa nos momentos em que o tempo não coopera”, ressaltou.

Ele falou, ainda, de Luiz, que representou o País no Japão, em Jardinagem e Paisagismo, de William (Mecânica de Refrigeração) e Jecivaldo (Aplicação de Revestimento Cerâmico), que foram à Inglaterra, e trouxeram o melhor resultado do Senai-DF em uma competição internacional de toda a história. “Tendo as características desses alunos, os resultados virão. Estou certo disso”, finalizou.

Os alunos puderam, ainda, aproveitar de todo o lazer oferecido pelo Hotel Fazenda, como jogos de salão, piscinas, e participaram de uma apresentação performática do cantor André 14 Voltas.

Suzana Leite

Assessoria de Imprensa

Sistema Federação das Indústrias do DF

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF)

Unidade de Comunicação e Marketing (Unicom)

Fotos: Nilson Carvalho