Dilma Rousseff: o Brasil precisa da indústria

Após cerca de um ano e meio de treinamento ininterrupto, que soma cerca de 1,5 mil horas de capacitação teórica e prática, chegou o momento mais esperado pelos 18 alunos do Senai-DF, assim como pelos mais de 600 competidores da Olimpíada do Conhecimento 2012. Hoje (14/11), foram iniciadas as provas do maior torneio de educação profissional das Américas que, nesta 7ª edição, terá disputas em 54 ocupações distintas. Eles terão cerca de 22 horas para executar com precisão tarefas que simulam o dia a dia do trabalho. A presença da presidenta da República Dilma Rousseff ao pavilhão de eventos do Anhembi, em São Paulo, marcou o início da competição.

Dilma circulou pelo pavilhão e admirou, de perto, o trabalho desempenhado pelos estudantes. Na ocasião, a presidenta exaltou a importância do ensino profissionalizante em consonância com as demandas da indústria para o desenvolvimento do País. “Somos um País que precisa da indústria. Se queremos, de fato, aumentar a nossa taxa de crescimento, se queremos ter o desafio de ser uma sociedade cada vez mais avançada, nós precisamos da nossa indústria: tanto dos empregos de qualidade que ela gera, como da capacidade de gerar inovação, de aproveitar a ciência e de gerar tecnologia”, falou.

Também durante seu discurso, Dilma relembrou a parceria do governo com o Sistema S, na promoção do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), lançado no ano passado. “O governo e a indústria, ao trabalharem juntos para garantir às nossas empresas mão de obra de qualidade, dão um passo no sentido de assegurar mais competitividade. A qualificação e a capacidade de agregar conhecimento à produção são, de fato, o grande diferencial deste século 21”, disse.

Durante a visita, foi assinado um protocolo oficial ratificando São Paulo como cidade sede da competição WorldSkills International. Em 2015, o Brasil receberá estudantes de nível técnico de mais de 50 países de todos os continentes para provas semelhantes às que acontecem agora.

A presidenta estava acompanhada dos ministros Aloizio Mercadante (Educação), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Além disso, também estiveram presentes p prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do governador Geraldo Alckmin e do prefeito eleito Fernando Haddad, além de outros políticos paulistas.

A disputa começou

As provas que os alunos começaram a desenvolver estão fundamentadas nas qualificações exigidas pelo mercado de trabalho e no processo de inovação das indústrias imposto pelas transformações tecnológicas que caracterizam o mundo do século XXI. São tarefas de alta complexidade, que envolvem os processos de planejamento, criatividade, execução, agilidade e, em alguns casos, a descoberta e a solução de defeitos.

Os instrutores dos alunos do Senai-DF, que compõem o corpo de avaliadores da competição, analisaram o decorrer das primeiras horas de provas. Eduardo Freitas Sampaio, instrutor da aluna Luciely Alves, tem experiência de Olimpíadas e fala de forma firma acerca da competição. Ele foi aluno medalhista de ouro na Olimpíada de 2006. Trabalhou como avaliador nas duas últimas edições (2008 e 2010) e, neste ano, assumiu a posição de avaliador líder da ocupação Segurança do Trabalho. “Os alunos tiveram que executar uma prova de proficiência e resolver 40 questões em três provas. O módulo de hoje foi uma parte da prova em que eles teriam que expressar todo conhecimento teórico que eles têm. Mas foi tudo tranqüilo. Todos terminaram no tempo estabelecido, não tivemos nenhuma ocorrência”, disse.

Já sobre suas experiências, Eduardo falou: “Como competidor que fui, sei o que os alunos estão passando neste momento. E como avaliador, eu tenho que julgar o que eles estão fazendo. Contudo, como eu já passei por essa situação, eu me coloco no lugar deles e procuro avaliá-los da mesma forma com que eu gostaria de ser avaliado como competidor”, finalizou.

Perguntado sobre o desempenho de sua aluna, ele enfatizou: “Eu a preparei e sei que ela veio brigar por medalhas”, finalizou.

Mas enquanto Luciely fazia uma prova teórica, Jefferson Almeida já colocava a mão literalmente na massa. Na opinião do instrutor e avaliador de Construção em Alvenaria, Mateus Mariano, o dia foi bem puxado. “Hoje o dia foi de planejamento e início de execução do projeto. A prova consiste em construir uma lareira estilo americana. Amanhã os alunos têm que fechar o dia com a “garganta da lareira” pronta, que é o piso e parte da chaminé”, explicou.

Para Mateus, Jefferson está muito bem na prova e só tem que equilibrar o tempo e o preciosismo. “Isso também conta na prova. O aluno tem que se concentrar para fazer um bom trabalho, mas no tempo certo”, completou.

No outro canto do pavilhão do Anhembi, Joaquim Venâncio, instrutor e avaliador de Mecânica de Refrigeração, contou que os alunos da modalidade, depois do planejamento, executaram a montagem de um quadro de comando elétrico para o funcionamento da câmara fria, em 3 horas e 30 minutos. Sobre o Gabriel, aluno do DF, ele disse: “Se tivesse uma medalha de ouro em termos de concentração e tranquilidade, o Gabriel a ganharia. Em termos de funcionalidade e prática, ele também está muito bem. As expectativas, portanto, são boas”, disse, Joaquim, entusiasmado.

Joaquim nada mais é do que o instrutor que levou o aluno da Olimpíada do Conhecimento de 2010, William Grassioti, ao ouro no Rio de Janeiro e, depois, em 2011, a tornar-se o campeão do mundo, na modalidade de Mecânica de Refrigeração, em Londres, no WorldSkills.

Competições continuam amanhã

As provas continuam amanhã (15/11) no pavilhão do Anhembi, a partir das 8h. A entrada é franca e aberta a todo o público.

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Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF)
Unidade de Comunicação e Marketing (Unicom)
Fotos: Nilson Carvalho

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