Sintonia entre o Senai e a indústria torna empresas competitivas
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- Criado: Quinta, 15 Novembro 2012 01:00
A sintonia entre as reais necessidades da indústria e os cursos profissionalizantes oferecidos pelo Senai é fundamental para o desenvolvimento do País e para alavancar a competitividade das empresas. A afirmação faz parte do discurso proferido ontem (14/11) pela presidenta Dilma Rousseff, em visita realizada ao pavilhão do Anhembi (SP), local onde ocorre a 7ª edição da maior competição de educação profissional das Américas, a Olimpíada do Conhecimento.
Ainda ontem, estiveram presentes à arena de provas presidentes de sindicatos filiados à Fibra, assim como diretores da federação, que vieram prestigiar alunos do Senai-DF, representantes de Brasília na competição, mas, ainda, conferir o que há de novo em suas áreas de atuação e descobrir quais os avanços tem ocorrido no perfil profissional nos diversos setores representados no torneio.
Nesta edição, o DF tem 18 competidores, em 17 ocupações profissionais distintas. Contudo, antes mesmo que esses jovens se matriculassem nos cursos do Senai e se tornarem “alunos-referência”, há um trabalho de bastidores importantíssimo para que a grade curricular das capacitações oferecidas na entidade dê condições de empregabilidade e de futuro profissional. Para isso, o Senai-DF conta com a parceria dos sindicatos filiados à Fibra, que, conhecendo a realidade do dia a dia do chão de fábrica, demandam à entidade as características e habilidades do profissional que precisam dentro das empresas.
Um bom exemplo é o da área moveleira. Recentemente, o presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira e Mobiliário do DF (Sindimam), José Maria de Jesus, firmou parceria com uma empresa de máquinas para seu setor e levará às salas de aula do Senai-DF justamente o que as indústrias da Capital Federal precisam. As máquinas já se encontram no Senai Taguatinga e a aula inaugural está prevista para ainda este mês. “Assim, os alunos são capacitados com tecnologia de ponta e o Senai se adéqua para oferecer a qualificação que as empresas mais precisam”, afirma José Maria.
Ainda segundo José Maria, a Olimpíada do Conhecimento proporciona que as profissões técnicas tenham visibilidade. “Tenho visto muitos alunos de escolas públicas aqui. Isso é muito positivo, porque abre os olhos dos estudantes para a capacitação técnica”, finalizou.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Mapa do Trabalho Industrial 2012, o País terá que formar 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. No caso do DF, a demanda será superior a 83 mil profissionais capacitados, o que representa 1,2% de todo o País.
Para José Luiz Diaz Fernadez, 1º vice-presidente da Fibra e também empresário da área moveleira, a Olimpíada do Conhecimento é um evento ímpar para que a indústria do País tenha condições de diminuir a carência de mão de obra técnica existente no País. “Esses jovens são heróis pelas inúmeras horas de preparação, pelas noites mal dormidas. Os instrutores, por sua vez, têm um papel extremamente importante, pois são eles que transmitem o conhecimento. Tenho certeza que todos eles terão boas colocações no mercado de trabalho”, afirmou ele, enquanto andava entre as provas do torneio.
Já para o presidente do Indústrias Sindicato das Indústrias de Lavanderia e Tinturaria do DF (Sindilav), Mauro Vendramini, mesmo sendo dono da empresa, por muitas vezes teve de por a mão na massa para que um serviço fosse entregue ou mesmo ensinar pessoalmente seus funcionários por falta de qualificação profissional. “Uma coisa eu tenho certeza. Há emprego. Falta profissional capacitados para atender às demandas da indústria”, disse.
A avaliação de Mauro é unânime entre os empresários e comprovada pela pesquisa da CNI. Até 2015, haverá vagas para trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais); padeiros, confeiteiros e afins; mecânicos de manutenção de veículos automotores; trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis; tintureiros, lavadeiros e afins.
A diretora de Assuntos de Desenvolvimento Tecnológico da Fibra e empresária do ramo de TI, Suely Maria Silva, reitera: “Não tem como a empresa sobreviver em a parte técnica. Por exemplo, a minha empresa que é da área industrial de Tecnologia da Informação, nós temos todos os tipos de profissional, do técnico ao engenheiro. Todos eles são importantes”.
O diretor de Assuntos de desenvolvimento Sindical e Relações do Trabalho e empresário da área de grãos, Walid Sariedine, também deu sua opinião. “Esta Olimpíada é a prova efetiva do investimento do Sistema Fibra na qualificação profissional dos jovens brasileiros, que são o futuro do País. Essa aqui é, realmente, a mão de obra que nós precisamos!”, concluiu.
As provas
As provas já iniciaram no dia de hoje e seguem até às 18h, com entrada franca no pavilhão do Anhembi.