Presidente Lula homenageia Senai em cerimônia dos 71 anos da CNI

Numa cerimônia que reuniu as mais expressivas autoridades do governo federal, parlamentares e empresários detentores da maior fatia do PIB brasileiro em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o destaque ficou por conta de um grupo de 40 alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria (Senai/DF). Durante discurso, Lula lembrou o curso de torneiro mecânico na unidade do Senai em São Paulo até chegar à Presidência da República. E, se dirigindo aos estudantes, afirmou: “Eu espero que a minha trajetória sirva de exemplo a cada um de vocês. Usufruam desse aprendizado, mas, pelo amor de Deus, não parem por aí”.

Após o discurso, Lula recebeu os alunos no salão de eventos da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o registro fotográfico. Para os estudantes do Senai-DF, o momento foi bastante especial. O presidente e ex-aluno adentrou ao enorme salão e se dirigiu ao grupo. Fez questão de cumprimentar um a um. Distribuiu sorrisos e afagos. Em seguida, observado por auxiliares e na companhia do presidente da CNI, Armando Monteiro Neto; do primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Ricardo Caldas, e do vice-governador Paulo Octávio, agachou-se para a foto.

Mérito Industrial

Para comemorar os 71 anos da CNI, a entidade conferiu o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial ao presidente Lula. A cerimônia bastante concorrida levou ao auditório da CNI ministros, parlamentares, empresários e jornalistas. Lula chegou ao local na companhia dos ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e José Múcio Monteiro (Secretaria de Relações Institucionais).

Recepcionado pelo anfitrião Armando Monteiro, Lula trocou apertos de mão com presidente das Federações das Indústrias e percorreu uma exposição de 300 fotos suas em slide, desde sua infância à posse na Presidência da República. Num outro espaço do salão mostra a evolução do biocombustível no Brasil, uma das bandeiras de Lula. Em seguida, as autoridades foram encaminhadas ao auditório para o início da cerimônia oficial.

O presidente da CNI, em pronunciamento, relatou parte da trajetória da confederação com destaque à mobilização de Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi. Além disso, Monteiro Neto considerou como sendo importante ter o governo total condição de desonerar os investimentos e solucionar o acúmulo dos créditos às exportações independentemente da reforma tributária.

“Sabemos que uma reforma tributária ampla enfrentará problemas. Mas Vossa Excelência tem condições plenas de acabar com aspectos perversos da anticompetitividade brasileira”, assinalou. “Avanços parciais ocorreram. É hora de completá-los. A indústria tem propostas para enfrentar essa questão e temos a certeza de que a sua concretização coroaria uma etapa importante do processo de modernização da economia brasileira”, disse.

Monteiro Neto justificou a homenagem ao presidente da República como reconhecimento não apenas das realizações do governo, mas também pela “justa expectativa” do que Lula ainda poderá fazer. “Neste período final de governo, o importante é eliminar obstáculos ao crescimento sustentado”, ressaltou.

Segundo o presidente da CNI, “não é drama empresarial apontar para os velhos problemas do sistema tributário, da burocracia, das deficiências de infra-estrutura e das disfunções do sistema de relações do trabalho”, gargalos, conforme sublinhou, que representam perdas de empregos, de competitividade e da capacidade da indústria de enfrentar a difícil competição global.

Defendeu a “necessidade imperiosa” de modernização das instituições políticas brasileiras, de transformação do sistema político, “para torná-lo mais próximo dos cidadãos”, de avanços “na profissionalização do Estado”, enfatizando ser preciso que “prevaleça o sentido republicano das instituições”.

Monteiro Neto lembrou o curso de torneiro mecânico que Lula fez no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), frisando que a educação para o trabalho, como realiza a instituição, “propicia a cidadania, fornece ferramentas para enfrentar o mundo, cria oportunidades e tem caráter emancipatório”.

“Sua passagem pelo SENAI muito nos orgulha. A trajetória de sua vida – de migrante de Garanhuns a presidente da República - é uma lição para todos os brasileiros de que é possível sonhar, é possível avançar. Vossa Excelência valoriza a oportunidade que o SENAI lhe proporcionou, valoriza o crescimento pessoal e desmente o vitimismo, de pessoas e países”, destacou o presidente da CNI.
Lula e o Senai

Em seguida, Monteiro Neto colocou o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial. Com bastante humor, Lula se dirigiu ao púlpito e brincou com os fotógrafos: “Com este colar, agora estou mais importante aqui. Tira bastante foto aí, Stuckinha, que o mandato termina logo”. Mais adiante, a homenagem ao Senai deixou emocionado o grupo de alunos que assistia ao evento.

“Entre outras iniciativas, nasceu dessa parceria desassombrada [Simonsen e Lodi] o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o nosso precioso Senai que, desde 1942, já qualificou 40 milhões de jovens brasileiros para o mercado de trabalho. Aqui, eu queria fazer uma homenagem aos meninos e meninas que estão de verde ali, que me parece que são estudantes do Senai. Quando vocês tiverem a minha idade, vocês vão poder contar, em debate com amigos, o que serviu para vocês essa formação profissional. Eu espero que a minha trajetória sirva de exemplo a cada um de vocês. Usufruam desse aprendizado mas, pelo amor de Deus, não parem por aí. Esse é apenas o início de um jogo que vai ter muito tempo pela frente. Parabéns a todos vocês”, disse Lula arrancando aplausos da platéia.
O presidente lembrou que passou pelo Senai, onde formou-se na turma de torneiro mecânico em 1962. “Um deles tornar-se-ia, 41 anos depois, o 39º Presidente da República do Brasil. Um presidente que jamais esquecerá o valor do aprendizado profissional na vida da juventude pobre desta nação,” enfatizou. Ainda no pronunciamento, Lula recordou o movimento, por ocasião da Assembléia Nacional Constituinte, quando exerceu o cargo de deputado federal, que tentava extinguir o Senai.

“Aqui, todos lembram, na Constituinte, quantas vezes naquele plenário da Constituinte se discutiu o fim do Senai, quantas vezes. Possivelmente, alguns companheiros nossos dotados de boa vontade, de bons princípios, mas que não tinham a menor noção do que era um curso profissional para um jovem pobre, que naquele tempo não tinha perspectiva de ir para a universidade. Graças a Deus, nós vencemos aquela batalha e hoje está o Senai mais robusto, mas forte, mais credenciado, com tantos anos de experiência, para vender ensinamentos à juventude brasileira, sobretudo à mais carente”, assegurou.

O presidente seguiu o pronunciamento enfatizando que em sua gestão deixará para o país escolas técnicas: “E exatamente por isso – esse é um dado muito importante para mim -, quando disse que jamais esqueceria o curso do Senai, e talvez seja exatamente por isso que nós vamos entregar, até o final de dois mandatos – oito anos – 214 escolas técnicas aos meninos e meninas deste país, 52% mais que o total entregue por todos os governantes que me antecederam, em 96 anos de história das escolas técnicas profissionais”, destacou.

Após a cerimônia, os alunos do Senai Taguatinga participaram do registro fotográfico e circularam entre as autoridades que tomavam o salão de eventos da CNI. Extasiados com a proximidade, os estudantes, com máquinas fotográficas em punho, registravam os flashes. E, para os fotógrafos solicitavam o instantâneo que ilustrará as páginas pessoais na internet.  

Mais informações
Roberto Cordeiro
Assessor de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)
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61 3362-3815 ou 8165-8774

Fotos: BG Press

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