Circuito Mulheres Empreendedoras recebe apoio do Sistema Fibra

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Há cerca de dois anos, a empreendedora Cibele de Oliveira, 40 anos, viu-se diante de um problema que assombra uma parcela significativa dos brasilienses: a necessidade de complementar a renda familiar. A então dona de casa decidiu sair da zona de conforto e buscar uma oportunidade. Foi quando viu na televisão uma reportagem sobre os cursos oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e encontrou na instituição a oportunidade que buscava.

Na mesma semana, Cibele se matriculou no curso de costura industrial. Desde então, foi fazendo uma qualificação após outras na unidade de Taguatinga. Com os diplomas em mãos, vieram as primeiras oportunidades e, quase dois anos depois, ela se vê empreendendo. “Sou dona do meu ateliê e dou aula, mas uma coisa é certa, não vou parar por aí. Quero continuar me aperfeiçoando”, comenta a empresária, que foi uma das palestrantes do 1º Circuito Mulheres Empreendedoras.

O evento, que ocorreu nesta quinta-feira (23/3), no auditório do Senai Taguatinga, é uma iniciativa da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH), em parceria com Sebrae-DF, com a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e com a Federação das Indústrias do DF (Fibra), por meio do Senai-DF.

Diferente de Cibele, que teve uma nova chance de recomeçar aos 40 anos, está a colega Paula Alves, 34 anos. Ela já trabalhava com costura, mas não dominava todo o processo. Ela também procurou o Senai e, com apoio da instituição e dos professores, alcançou o que buscava: melhorar o processo de produção e aumentar a renda familiar. “O Senai é um divisor de águas na minha vida. Hoje, sou profissional e independente. Quero continuar fazer cursos, não vou parar por aqui”, sentencia.

A presença da dupla durante o 1º Circuito Mulheres Empreendedoras não foi por acaso. A organização queria mostrar ao público, formado por moradoras das cidades da Estrutural, do Gama, do Paranoá, do Recanto das Emas, de Samambaia e do Varjão que empreender e ter sucesso é mais palpável do que se imagina. “São situações reais, que estão na linha de convivência das pessoas que vieram participar das palestras e nós [o Senai] oferecemos estas oportunidades a todas”, afirma Eliane Mendonça, instrutora em Gestão.

O circuito é voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social, mas que, mesmo assim, não desistem de sonhar com um futuro melhor, como é o caso da Luciene Alves, moradora da Estrutural. Ela é empresária há cinco anos e mantém seu negócio sozinha. Agora, ela terá acesso ao programa Propera, que é voltado para empreendedores urbanos do setor informal (como autônomos), micro ou pequenas empresas, artesãos, cooperativas de trabalho e produção individual. Na área rural, o crédito ajuda cooperativas e produtores familiares.

He for She corpo materia CRI3115O programa é uma iniciativa da Secretaria do Trabalho com o apoio do Banco de Brasília (BRB) e da Emater-DF e oferece juros diferenciados aos pequenos empreendedores. Segundo o secretário da SEDESTMIDH, Gutemberg Gomes, para ter acesso ao crédito, o empreendedor precisa buscar a Agência do Trabalhador de Taguatinga ou Plano Piloto. “Essa é uma ação estruturante, feita com essas mulheres para mudar a realidade delas. O programa como um todo nasce para trazer novas perspectivas para o dia a dia delas”, comenta.

O secretário, acompanhado da primeira-dama do DF, Márcia Rollemberg, lembrou que as mulheres foram mais da metade (cerca de 60%) da rede de atendimento do programa Prospera em 2015 e 2016. Márcia ressaltou, ainda, que as mulheres têm que buscar o crédito e investir em si, para conquistar mais espaço na sociedade. “Vamos mudar a sociedade, mudando a forma de educar em nossas casas, temos que nos unir em eventos como esse e tomar aquilo que nos é ofertado no sentido de crescer”, afirma.

O presidente do Sistema Fibra, Jamal Jorge Bittar, ressalta que o programa é uma conquista para todas as empreendedoras e lembra que, ao ofertar qualificação profissional, o Senai amplia o ciclo de empoderamento da mulher. “Sempre fui um vanguarda quando o assunto é a autonomia da mulher. Vocês [mulheres] têm que ocupar todos os espaços que lhe são de direito”, finaliza. 

Texto: Marcus Fogaça
Fotos: Cristino Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF)

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