Brasil pode aumentar uso de energia fotovoltaica
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- Criado: Terça, 25 Abril 2017 16:55
A coordenadora do Instituto Senai de Tecnologia (IST) da Construção Civil, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), Célia Leitão, participou de um dos fóruns do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (IV EMDS). O debate foi no dia 24/04, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O tema da discussão foi "Energias renováveis como meio para redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) nas cidades brasileiras".
O evento é organizado pela Federação Nacional dos Prefeitos e Sebrae, e coube à Agência Alemã para a Cooperação e Desenvolvimento Sustentável (GIZ) organizar a mesa temática, que debateu a geração distribuída no Brasil, o uso do biogás, a geração de empregos, a capacitação técnica na área de energia renovável e a formação de cooperativas de energia renovável.
Célia Leitão explicou aos participantes da mesa temática que, paralelamente ao desenvolvimento dos projetos de energia renovável (não só de solar ou biogás, mas, também de usinas eólicas), é preciso pensar no mercado de trabalho e na qualificação de profissionais. Incluindo-se professores, para que possam explicar adequadamente aos alunos a importância das mudanças que precisam ser introduzidas na melhoria da matriz energética, com o aproveitamento das fontes renováveis.
Em 2017, só na unidade Senai Taguatinga, 18 turmas estão sendo preparadas para atuar no campo das energias renováveis. “Precisamos capacitar as pessoas para as novas tecnologias, melhorando a qualificação da mão de obra”, declarou Leitão.
Uma das conclusões da mesa temática é em relação ao desperdício de potenciais geradores de energia como o biogás ou solar. Embora esteja ocorrendo uma forte expansão da fotovoltaica, é evidente que em um país como o Brasil, de grande extensão territorial e privilegiado com muito sol, ter menos de 10 mil consumidores residenciais gerando a própria energia, basicamente solar, não representa muita coisa.
Mas esse quadro está mudando radicalmente em função dos pesados investimentos que grandes geradores estão fazendo no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), hoje, existem 9.802 consumidores cadastrados na geração distribuída e que tem direito a usufruir da compensação, resultante da diferença entre aquilo que o próprio consumidor gera e efetivamente utiliza. Desse total, 99% correspondem a instalações de energia solar.