Brasil Mais Produtivo: Senai e BNDES lançam chamada de R$ 56 milhões para digitalização da indústria

Foto Iano Andrade CNIO Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão disponibilizar R$ 56 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em indústria 4.0, por meio da chamada B+P - Smart Factory BNDES/2025.

Podem participar empresas provedoras de soluções tecnológicas para o setor industrial, como sensores, aplicações móveis, robôs, simuladores e inteligência artificial [confira lista das tecnologias habilitadoras abaixo]. Os projetos devem ser submetidos junto aos Institutos de Inovação e Tecnologia do Senai até dia 12 de setembro pela Plataforma Inovação para a Indústria. Serão selecionadas até 100 propostas.

Essa é a 9ª edição da chamada Smart Factory, que já investiu R$ 66 milhões em 147 projetos de digitalização e automação. As chamadas têm como objetivo dar apoio técnico e financiar até 70% de projetos de PD&I com tecnologias que melhorem a produtividade de micro, pequenas e médias indústrias (MPMEs).

“Esse é o maior valor já disponibilizado desde que lançamos a primeira edição da chamada Smart Factory, em 2022. A iniciativa é hoje uma das principais estratégias nacionais para acelerar a digitalização das indústrias brasileiras, especialmente as micro, pequenas e médias”, destaca o diretor-geral do Senai, Gustavo Leal.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, “a iniciativa ajuda a promover o desenvolvimento tecnológico de soluções para a Indústria 4.0, propiciando o aumento de produtividade, fundamental para a competitividade da indústria nacional. Além disso, permitirá que as soluções desenvolvidas sejam disseminadas, no futuro”.

A ação faz parte do programa federal Brasil Mais Produtivo, dentro da modalidade de transformação digital. Até 2027 a estimativa é desenvolver mais de 360 projetos de inovação, impactando positivamente a produtividade de 8,4 mil MPMEs.

Critérios para submissão dos projetos
Podem participar empresas provedoras de tecnologia para a indústria 4.0 com potencial de aplicação industrial real. Interessados devem procurar um Instituto SENAI de Inovação e/ou Tecnologia para desenvolver e submeter a proposta. Aqui você encontra os contatos dos institutos Senai.

Tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0:

Inteligência Artificial

Internet das Coisas (IoT)

BIM – Building Information Modeling

Aplicações Móveis

Big Data

Identificação por Radiofrequência (RFID)

Computação na Nuvem

Sensores e Atuadores

Sistemas Ciber Físicos (CPS)

Simulação

Manufatura Aditiva

Sistemas Embarcados

Robôs Autônomos e Colaborativos

Cibersegurança

Realidade Virtual e Aumentada

Materiais Inteligentes

Sistemas para Integração Horizontal e Vertical

Veículos Automaticamente Guiados (AGV)

Comunicação entre Máquinas (M2M)

As soluções desenvolvidas com o recurso devem ser validadas em ambiente real de produção em, pelo menos, 12 MPMEs. Isso garante que as tecnologias não fiquem restritas a laboratórios, mas sejam testadas em fábricas, com evidências de impacto na produtividade.

Histórico Smart Factory
Essa é a 9ª edição da Smart Factory - a primeira foi em 2022. Desde então, a chamada teve 147 projetos e investiu cerca de R$ 66 milhões em recursos não reembolsáveis. Mais de 3.600 indústrias espalhadas por 14 estados brasileiros validaram as tecnologias desenvolvidas com o recurso.

“Essa capilaridade demonstra como o Smart Factory não apenas fomenta a inovação, mas também cria uma rede colaborativa que conecta empresas de base tecnológica, indústrias e institutos de pesquisa, ampliando a competitividade do setor produtivo”, argumenta o diretor-geral do Senai, Gustavo Leal.

Sobre o Brasil Mais Produtivo
O Brasil Mais Produtivo é uma iniciativa do governo federal voltada ao aumento da produtividade e competitividade das micro, pequenas e médias empresas brasileiras, por meio de soluções práticas, como consultorias, formação profissional e acesso a tecnologias. Com coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa é executado em parceria com Senai, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Texto: Amanda Maia, da Agência de Notícias da Indústria
Foto: Iano Andrade/CNI
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra